Ameaçada de cassação, após renunciar ao cargo de integrante do Conselho de Ética, a senadora e candidata ao governo do Estado de Mato Grosso, a petista Serys Marly Slhessarenko está usando a propaganda eleitoral para se defender das acusações de envolvimento com a Máfia dos Sanguessugas.
Na TV, Serys desafia qualquer um a provar seu envolvimento com a quadrilha das ambulâncias. Ao ser citada no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Sanguessugas, ela atribui acusações a interesses político-eleitorais.
Em terceiro lugar nas pesquisas – atrás de Blairo Maggi (PPS), candidato à reeleição, e do senador tucano Antero Paes de Barros -, a petista divulgou uma "carta aberta à população de Mato Grosso". É uma tentativa de esclarecer a questão, levando sua defesa diretamente aos eleitores, justifica a senadora.
O texto da carta informa que a senadora foi "atirada à execração pública. Por isto, alertamos que cabe ao Senado Federal reparar, urgentemente esta injustiça que atinge e constrange, não só à senadora Serys mas a toda a população de Mato Grosso".
Assuntos polêmicos – No documento exibido, diz ainda que quando foi deputada estadual presidiu as CPIs do Narcotráfico, da Sonegação Fiscal, do Trabalho Escravo e ainda membro da CPI da Terra. Todas com assuntos polêmicos. Por isso, afirma, passou a ser odiada por algumas pessoas que agora tentam incriminá-la em época de eleição.
A candidata afirma que não irá abrir mão de disputar a eleição, após depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam. Ele afirmou à Justiça Federal que a senadora teria proposto três emendas em favor do esquema. Duas delas para o município de Pontes e Lacerda e uma para o bairro Pedra 90, em Cuiabá.
Um depósito de R$ 35 mil, segundo Luiz Antônio, teria sido feito na conta de um genro da senadora. Serys se defende das acusações: "quem conhece sabe que nós jamais teríamos qualquer procedimento indevido. É uma questão de tática eleitoral neste momento", disse ela.