Acusações, desmentidos e muito falatório. A eleição à presidência do Flamengo, que ocorre hoje, das 8 até 21 horas, na Gávea, promete ser acirrada e disputada com os nervos à flor da pele. Candidatos da oposição, o advogado Ronaldo Gomlevsky e o empresário Arnaldo Cardoso, acusam o advogado Marcio Braga, da situação, de usar a máquina do clube para tentar se reeleger. Por conta disso, há um mês, Gomlevsky protocolou pedido de impeachment do atual presidente.

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?Ele está usando funcionários do clube como cabos eleitorais, o que fere o estatuto?, criticou Gomlevsky, de 57 anos, integrante da chapa Indignação Rubro-Negra. ?A sede do Flamengo vive dias de tristeza pelo descaso da atual diretoria. É preciso conservar o patrimônio?.

Líder da chapa Revolução Rubro-Negra, Cardoso, de 47 anos, acusa a situação de divulgar lista falsa de sócios aptos a votar, com 40 pessoas com idade superior a 100 anos. ?Falaram muito do processo conturbado das eleições no Vasco, mas no Flamengo as manobras não se limitam ao dia da eleição. Elas começaram há muito tempo. Até Carlos Lacerda (ex-governador do Rio e que morreu em 1977) está na lista para votar?.

Cardoso fez mais denúncias. ?A comissão eleitoral limitou em 30 o número de faixas e banners por candidatos. A situação tem mais que o dobro disso espalhado pelo clube?, destacou. ?As roletas do Flamengo não estão funcionando, o que vai facilitar a entrada de não-sócios no dia da eleição e criar o cenário ideal para uma grande confusão e coação aos eleitores?.

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Marcio Braga, da chapa Flamengo de Verdade, classificou as acusações como mentirosas. ?O Flamengo é um clube altamente democrático. Aliás, desconheço o pedido de impeachment?, declarou o atual presidente, de 70 anos, que, se reeleito, assumirá o sexto mandato.

A diretoria informou, por nota oficial, que essas informações ?maledicentes? foram ?plantadas? por pessoas envolvidas na disputa eleitoral, ?período sempre fértil para mal-intencionados aventureiros tentarem expor à execração pública uma instituição tão antiga, popular e democrática como o Flamengo?. O texto diz ainda que ?os presidentes dos poderes do Flamengo têm o dever de zelar pelo bom nome da instituição e esclarecem que não há irregularidade no processo eleitoral?.

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