Os trabalhadores da Indústria de Fiação e Tecelagem de Curitiba e região e da Indústria da Panificação de Cascavel e cidades vizinhas foram os primeiros beneficiados com acordo na negociação coletiva, com base no novo piso regional no Paraná. Nas indústrias de fiação e tecelagem, o piso da categoria, após período de trabalho de 120 dias, subiu de R$ 404,80 para R$ 446,60, um aumento de 10,33%. Nas indústrias de panificação da região oeste, o piso salarial avançou de R$ 343,00 para R$ 439,00 (28%), após 90 dias de trabalho.

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Esses primeiros acordos beneficiam 1.500 trabalhadores nas indústrias de fiação e tecelagem e mais de 1.000 na indústria da panificação de Cascavel e outros 17 municípios da região. ?Balconistas que trabalham em panificadoras e confeitarias do oeste do Estado, que recebem o menor salário da categoria, foram os mais beneficiados?, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cascavel e Região, Waldivino Pereira de Oliveira.

Tecelagem

Na Indústria de Fiação e Tecelagem o aumento salarial médio foi de 5%, para uma inflação de 3,34% medida pelo INPC no período de maio de 2005 a abril de 2006. Na Indústria de Alimentação da região oeste, o aumento médio de salário variou de 8% a 10%.

O Dieese estima que 11% dos trabalhadores das indústrias de fiação e tecelagem foram beneficiados pelo piso regional. A adoção do salário mínimo regional, mesmo para uma parcela menor de trabalhadores reflete na negociação dos demais salários. ?No conjunto da negociação o objetivo também é evitar uma diferença muito grande entre os níveis salariais, que contribuiria para o achatamento dos demais salários?, explicou Silva.

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Conforme o acordo coletivo firmado com a indústria, foram fixados dois pisos para a categoria dos trabalhadores na Indústria de Fiação e Tecelagem de Curitiba. Um deles corresponde ao período de trabalho de 60 a 120 dias, quando o salário de ingresso foi acordado em R$ 400,40. O piso anterior, correspondente a esse período, era de R$ 365,20. ?Mesmo assim, houve avanço?, salientou Silva. Segundo ele, até o ano passado o piso de ingresso valia por seis meses e esse ano foi reduzido para quatro meses.

Panificação

Para Waldivino Oliveira, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Cascavel e Região, a negociação com base no salário mínimo regional influenciou de forma positiva no piso dos demais trabalhadores. Segundo ele, o padeiro que ganhava R$ 560,00 passou para mínimo de R$ 665,00.

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Já o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado do Paraná, Ernane Garcia Ferreira, lamentou a posição irredutível dos sindicatos patronais da carne, da avicultura e do setor das usinas de álcool. Segundo Ferreira, essas instituições se recusam a firmar acordos coletivos com base no salário mínimo regional para seus empregados. A Federação pretende recorrer ao governo do Estado, para intermediar a negociação com essas categorias. (AEN)