Os dados foram divulgados preliminarmente na “Revista do Dieese”, lançada hoje (18), e devem ser detalhados no dia 26, em entrevista coletiva. Ao desmembrar os dados, o Dieese informou que, de 264 acordos e convenções coletivas firmadas, 47% obtiveram índices de reajuste superiores ao INPC; 32% foram iguais; e 21% ficaram abaixo da taxa de inflação.
De acordo com o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, o melhor desempenho das campanhas salariais do primeiro semestre foi obtido por fatores como a melhora do ambiente econômico, a inflação abaixo de dois dígitos e também porque os níveis dos salários ainda estão muito baixos. “O rendimento médio vem caindo continuamente, assim como da massa salarial”, observou, antes de participar do Seminário “Desenvolvimento e Distribuição de Renda: Desafio para o Movimento Sindical”, em São Paulo.
“Saímos de um nível de inflação relativamente elevado, ocorrido no ano passado, para níveis de um dígito, o que torna mais compatível, num processo de negociação, uma reposição integral de perdas”, avaliou. Com a inflação de 12 meses abaixo de 10%, Ganz Lúcio entende que as empresas tiveram condições “mais compatíveis” para administrar seus custos, oferecendo reposições mais elevadas a seus trabalhadores.
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