A repatriação do dinheiro de origem ilegal antes da sentença ter sido proferida é uma das medidas que constam do texto de um acordo de cooperação a ser assinado entre Brasil e Suíça. ?Esse foi um grande avanço conquistado ao longo das negociações?, afirmou a secretária nacional de Justiça, Cláudia Chagas, que esteve na semana passada na Suíça. Ela explicou que o pedido de repatriação antes do fim do julgamento pode ser feito em casos excepcionais.
O Brasil está investigando diversas contas na Suíça, como a do ex-governador Paulo Maluf, do fiscal carioca Rodrigo Silveirinha e do comendador do Mato Grosso João Arcanjo. Há também a conta bloqueada do juiz Nicolau dos Santos, no valor de US$ 4 milhões. A quantia pode voltar para o país antes mesmo do julgamento do juiz, quando o tratado for firmado.
O tratado prevê também mais agilidade na troca de informações, mandados de busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e intimações processuais. A secretária acredita que acordos como este são importantes na luta contra o crime organizado. ?Não há como combater o crime organizado sem cooperação?, disse. Agora, o Brasil está em negociação com a Inglaterra e a Espanha. O Japão também está interessado em fazer um acordo de cooperação em matéria civil, segundo a secretária. Cláudia Chagas convidou as autoridades suíças para virem ao Brasil em dezembro para assinar o acordo.
Acordo entre Brasil e Suíça permitirá repatriar dinheiro ilegal
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