O ministro de Finanças da Grécia, Evangelos Venizelos, saudou o novo pacote de socorro para o país como um passo “gigante” que ajudará a cobrir suas necessidades de empréstimos e proteger o setor bancário grego nas próximas décadas. “Esse é um grande alívio para a economia grega”, disse.
“O acordo efetivamente coloca um limite sobre a dívida grega. Nós agora temos uma situação que é viável”, acrescentou Venizelos. A autoridade destacou que, ao concordar em estender os vencimentos dos empréstimos para o país, o setor privado permanecerá ligado à dívida grega por até 30 anos.
No entanto, Venizelos observou que a Grécia não pode relaxar em seus esforços para recuperar a economia e pediu união nacional e apoio para o acordo, que é o segundo resgate oferecido ao país em pouco mais de um ano.
Os líderes da zona do euro concordaram ontem em oferecer à Grécia 109 bilhões de euros em novos empréstimos, enquanto o setor privado vai contribuir com mais 50 bilhões de euros por meio de uma troca de bônus e de um plano de recompra, entre outras opções.
O acordo provavelmente colocará a Grécia em moratória, ao menos temporariamente, mas Venizelos disse que ele garantirá que os bancos do país permaneçam sustentados e capitalizados. “Sob o plano, a liquidez dos bancos gregos será 100% garantida”, afirmou.
Venizelos expressou confiança de que os depósitos que saíram dos bancos da Grécia em razão da incerteza sobre a economia do país voltarão, já que o acordo fornece uma rede de segurança sobre o setor bancário grego.
Segundo Venizelos, agora a Grécia pode começar a se concentrar em fazer sua economia crescer. Para o ministro, a volta ao caminho do crescimento econômico deverá acontecer já no próximo ano. As informações são da Dow Jones.