O Porto de Paranaguá e os Portos de Cabello, Guanta e La Guaira passarão a ter linhas comerciais exclusivas para o transporte de produtos entre o Brasil e a Venezuela. O acordo firmado entre o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Eduardo Requião, e representantes dos terminais venezuelanos fará com que a soja não-transgênica, óleo de soja, cagas congeladas e tratores – os principais produtos exportados do Brasil para a Venezuela – tenham o porto paranaense como ponto de embarque preferencial. Já Paranaguá receberá, a partir dos três portos venezuelanos, mercadorias como uréia, aço e petróleo.

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O propósito do Paraná é ?casar? as operações entre os dois países e abrir o mercado brasileiro para produtos como os pescados produzidos na Venezuela e que são exportados apenas para os Estados Unidos. Segundo o superintendente da Appa, as operações ?casadas? poderão acontecer, por exemplo, com o envio de soja convencional e o recebimento de uréia ou a exportação de congelados e a importação de pescados. ?A Venezuela tem aumentado muito as importações de frangos produzidos no Paraná. Só este ano, a exportação do produto para a Venezuela subiu 428% e o Paraná, como outros estados agrícolas, está importando muito a uréia da Venezuela?, declarou Eduardo Requião.

A abertura de ?janelas?, para atracações preferenciais, reflete diretamente no custo final das operações, porque diminui o tempo de espera dos navios ? fazendo com que a movimentação de cargas seja agilizada ?, evitando o pagamento de ?demurrages? (tempo de espera do navio). Outra vantagem do acordo será a atração de cargas que são movimentadas por outros portos para Paranaguá.

?Nosso objetivo é fazer com que os produtos exportados para a Venezuela pelos portos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo centralizem em Paranaguá suas cargas, porque aqui daremos uma preferência de atracação aos navios que levarem cargas brasileira para a Venezuela e vice-versa. Com isso, queremos fomentar mais esse transporte marítimo latino-americano?, afirma o superintendente do porto de Paranaguá.

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