A criação da CPI do Apagão Aéreo será formalizada nesta quarta no Senado com a leitura em plenário do requerimento apoiado por 34 senadores. Mas o acordo fechado ontem entre a base governista e a oposição adia para maio a indicação dos integrantes dessa Comissão Parlamentar de Inquérito e também o início das investigações sobre a crise no setor de aviação
Na reunião que tiveram com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), líderes do governo e da oposição se comprometeram a indicar seus representantes na CPI até dia 15 de maio. No prazo de 20 dias, o governo pretende ?engavetar? a CPI no Senado, prevendo que nesse período já estará aberta a CPI do Apagão Aéreo na Câmara dos Deputados.
Hoje, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar representação encaminhada pela oposição, pedindo a instalação imediata da comissão de inquérito. A expectativa é a de que o STF mande abrir a CPI na Câmara.
Até maio, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), espera chegar a um entendimento com todos os partidos para transferir a investigação para a Câmara. ?Senão, serão criadas duas CPIs?, disse. ?Será uma overdose.? Jucá reiterou que o governo ?aceita e não quer barrar nenhum tipo de CPI?, mas ele prevê que haverá ?desconforto? e ?desarmonia? entre a Câmara e o Senado, se for criada uma CPI em cada Casa. A base aliada articula para que a comissão funcione só na Câmara, onde governistas têm maioria.
