Começou nesta terça-feira (20) o Seminário Nacional sobre as Ações de Inserção de Jovens no Mundo do Trabalho. O evento, que vai até amanhã (21) tem o objetivo de avaliar o projeto Juventude Cidadã, que faz parte do Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego (PNPE).
Gestores estaduais e municipais participam do encontro. Além do balanço do projeto, serão debatidas as táticas de inserção da juventude no mercado de trabalho, a experiência dos consórcios sociais de juventude e os projetos do primeiro emprego em parceria com ONGs esociedade.
A meta é, até o final do ano, qualificar 63 mil jovens e inserir, obrigatoriamente, 30% no mercado de trabalho. Estão sendo aplicados no programa R$ 71 milhões em recursos do Tesouro Nacional.
O coordenador-geral deEmpreendedorismo Juvenil da Secretaria de Políticas Públicas do Ministério doTrabalho e Emprego (MTE), Misael Goyos de Oliveira, fez uma avaliação positivado projeto ressaltando a procura das cidades para se conveniarem ao programa.
Segundo ele, no ano passado, foram realizados 91 convênios com estados e prefeituras municipais. O projeto Juventude Cidadã tem 300 horas de qualificação, sendo 100 em direitos humanos e200 horas em qualificação profissional, além de 75 horas de trabalhocomunitário.
Ao completar essa fase, o jovempassa a buscar o emprego, tendo o município e o ministério como co-responsáveispela inserção no mercado de trabalho. São 42 cidades conveniadasatravés das prefeituras e dois estados, Tocantins, com 23 cidades, e Rio Grandedo Norte, com 26 cidades, totalizando 91 cidades no país onde o programa sedesenvolve", calcula Oliveira.
A meta de inserção pode serfeita de diversas formas como, por exemplo, inserir os jovens através doprogramas de aprendizagem, do Balcão de Emprego através do Sistema Nacionalde Emprego (SINE), na economia solidária através da organização do jovem no sociativismoe cooperativismo.
O secretário Nacional daJuventude, Beto Cury, lembrou que o projeto Juventude Cidadã e todos osprogramas envolvendo a juventude procuram enfrentar os graves problemas queafligem a juventude brasileira, que não são pequenos e são o resultado daausência do olhar do Estado brasileiro para os seus jovens.
Precisamos ter a capacidade deintegrar melhor todos esses programas, para que haja eficácia, qualidade echeguem ao público que queremos atingir, disse o secretário.
Segundo Beto Cury, é preciso fazer parcerias entre as prefeituras e ainiciativa privada para absorver no mercado os jovens qualificados a exemplo doque fez o consórcio da juventude na região do ABC (SP), incluindo 74% dosjovens no mercado, apesar da meta mínima de 30%.
A consultora motivacional epedagoga da Secretaria Municipal de Promoção Social de Barra Mansa (RJ), ElaineCristina, salientou que o projeto Juventude Cidadã tem sido uma transformaçãona vida do município que tem 750 jovens entre 16 a 24 anos.
Segundo Elaine Cristina,através do programa foi possível resgatar a alto estima, provando para elesmesmos o que são capazes de fazer. A meta de Barra Mansa é colocar 40% dosjovens no mercado de trabalho.
O coordenador pedagógico doprograma na Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista (BA), Marcelo Lopes,disse que no seu município são 3 mil jovens em um trabalho de inclusão diretaatravés da capacitação e direitos humanos.
Isso muda o olhar do jovem.Inserir no mercado de trabalho é uma expectativa muito alta e uma expectativade emergência, porque o jovem numa situação de risco, a partir dos 13, 14 anos,quer trabalhar para ajudar a família.
Os jovens escolhidos para integrar o programa são de famílias com renda mensalde até meio salário mínimo. Cada aluno recebe auxílio financeiro no valor de R$600, em cinco parcelas de R$ 120.
Depois da qualificação, asprefeituras e os governos estaduais conveniados com o Ministério do Trabalhobuscam inserir o jovem no mercado de trabalho.