A formação de um corredor de biodiversidade, de gestão da água e de problemas ambientais na tríplice fronteira começou a ser delineada, reforçando o combate a crimes contra a natureza do Programa Paraná Biodiversidade. Ações integradas foram discutidas, na sede da Itaipu, por representantes do Ministério Público da Argentina, Paraguai e do Paraná, o ministro do Meio Ambiente do Paraguai, Carlos Lopes Dose, o secretário de Meio Ambiente do Paraná, Rasca Rodrigues, o diretor de operações da Itaipu Binacional, Newton Friedrich, e representantes da Secretaria de Agricultura e da Emater.
O gerente-geral do projeto Paraná Biodiversidade, Erich Schaitza destacou que a possibilidade de cooperação já vinha sendo discutida ao longo de 2006, em várias reuniões com o Ministério Público da área ambiental do Paraguai e com o Paraguai Biodiversidade. Segundo Schaitza, a meta é articular ações, não só de combate aos crimes contra o meio ambiente, mas também em campanhas de orientação.
?Se estamos fazendo uma campanha para o plantio de árvores no Paraná e o Paraguai está com uma campanha de plantio do outro lado da fronteira, podemos sincronizar as ações. O mesmo pode ocorrer no combate ao contrabando de agrotóxicos?, exemplifica Schaitza, acrescentando que a coordenação de todas as ações vai ficar a cargo de Sanclair Honorato dos Santos e Luciana Lepri, do Ministério Público do Paraná.
Segundo o secretário do Planejamento e Coordenação Geral, Enio Verri, a proposta desse ?verdadeiro mutirão em defesa do meio ambiente é de fundamental importância para o desenvolvimento sustentável do Estado, de forma equilibrada e sadia, sem comprometer os recursos naturais.?
Internet
Para facilitar o trabalho de todos os envolvidos nas ações, vão ser criadas câmaras técnicas, responsáveis pela elaboração de um plano de trabalho conjunto. Além disso, em breve será criado um site para divulgar o que for feito no Paraná, Paraguai e Argentina. A implantação do site está a cargo do gerente-geral do Programa Paraná Biodiversidade. ?A idéia é ter um espaço onde a gente possa trocar informações e, ao mesmo tempo, colocar a disposição de todos, um banco de dados, com documentos. Considero o primeiro passo para a formação de uma verdadeira rede, em prol do meio ambiente. O site vai funcionar como uma ferramenta de trabalho?, finalizou Schaitza.