Rio de Janeiro – A situação epidemiológica da dengue em 2006 foi apresentada nesta quarta-feira (28), no Rio de Janeiro, durante a Reunião Macrorregional Sudeste. O encontro, que contou com a participação de mais de 200 representantes da saúde do país, avalia as ações do Plano Nacional de Controle da Dengue (PNCD). Um dos dados mais alarmantes apontou para a incidência de casos da doença em crianças.
O Secretário Estadual de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes, afirmou que as técnicas de atendimento terão de ser atualizadas para atender ao caráter pediátrico que a dengue vem assumindo de 2006 para cá. Há ainda a preocupação com os Jogos Pan-Americanos.
O ministro da Saúde, Agenor Álvares, disse que os jogos, que acontecem a partir do dia 13 de julho, no Rio de Janeiro, contarão com estratégias de controle específicas e prioritárias.
"Para o Pan, é preciso haver um trabalho conjunto e integrado e nós esperamos que isso dê resultado. As pessoas que virão ao Rio de Janeiro podem trazer outros vírus, já que existem muitos na América do Sul", lembrou o ministro.
"A nossa intenção não é somente proteger os atletas e turistas do vírus da dengue, mas toda a população brasileira contra o Aedes aegypti e contra a entrada de algum vírus que não esteja circulando no Brasil."
Estatísticas da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ligada ao ministério, mostraram que, nos dois primeiros meses deste ano, o número de casos da doença no Brasil aumentou 17% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em dez estados, houve aumento do número de casos, mas na Região Sudeste ocorreu uma redução de 53,93%. No Rio de Janeiro, a queda foi de 69,99%, a maior da região. Mato Grosso registrou o maior número de casos da doença no país. Os estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul foram os únicos que não apresentaram registros de circulação viral.