O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), criticou hoje os ministros da Cultura, Gilberto Gil, das Cidades, Olívio Dutra, e do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, e o chefe da Secretaria de Comunicação de Governo e Gestão Estratégica da Presidência da República, Luiz Gushiken, em entrevista ao programa "Jogo Aberto", da afiliada de Salvador da Rede Bandeirantes de Televisão.

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Apesar das críticas, Magalhães disse que quer ajudar a salvar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Pensar que o Gilberto Gil, que é um grande brasileiro, um homem inteligente, vai pensar que estão roubando aqui ou ali é não conhecê-lo: Gilberto Gil quer é fazer sua festa, sua alegria e a dos brasileiros", disse, afirmando que o ministro da Cultura não vê a corrupção pois não é um assunto que lhe interessa. Já Olívio foi tachado de "louco". De acordo com o presidente da CCJ do Senado, por essa condição, ele não poderia "ser coisa alguma". Rosseto, para ACM, só ajuda o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) "para prejudicar aqueles que produzem". O comentário mais duro foi reservado a Gushiken, que com o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, fazem "as maiores roubalheiras do País", segundo o presidente da CCJ.

Diante dessa situação, ACM defendeu uma união partidária para sustentar a gestão Lula até o fim, "pois não é bom dois impeachments de presidente em 12 anos". "Temos de fazer tudo para, até mesmo, disfarçar algumas coisas que caiam no presidente Lula", declarou, afirmando que a forma para o presidente salvar a administração é escolhendo auxiliares capazes, sérios e dignos para o ministério. O presidente da CCJ lamentou que, nas negociações da reforma ministerial, o presidente tente, novamente, "lotear" cargos.

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