A nova onda de ataques em São Paulo trouxe à tona a disputa entre Câmara e Senado sobre a votação do pacote da segurança pública. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), cobrou ontem empenho do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), mas os deputados alegam que o pacote só chegou à Casa em 20 de junho um mês após ser votado no Senado

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"Os crimes estão se multiplicando e não tem cabimento um presidente da Câmara eleito em São Paulo não pôr o pacote em votação", reclamou ACM. No Senado, o pacote foi aprovado na CCJ em maio, mas só podia ser lido no plenário depois do prazo de recurso. Como medidas provisórias trancaram a pauta, ele ficou parado. Depois de muita pressão, o presidente, Renan Calheiros (PMDB-AL), acabou enviando os projetos para a Câmara apesar das MPs

"ACM não pode reclamar da Câmara", devolveu o presidente da CCJ da Câmara, Sigmaringa Seixas (PT-DF), garantindo que assim que receber as medidas vai distribuí-las aos relatores. Segundo ele, nada será feito de modo açodado, até porque entende que a crise em São Paulo decorre muito mais de problemas administrativos do que de legislação

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