O diretor do Denatran caminhou com o Ministro das Cidades, Olívio Dutra, e representantes de ONGs ligadas à questão da violência no trânsito. O grupo andou do Ministério das Cidades até a Praça dos Três Poderes, onde bonecos utilizados em testes de veículos representaram as vítimas do trânsito. Durante o evento, Dutra disse que é necessária a aplicação do Código Nacional de Trânsito.
?É preciso que o Código de Trânsito Brasileiro seja efetivado na prática, e é fundamental que construamos uma cultura de civilização e solidariedade no trânsito. Portanto, há que ter uma campanha institucional permanente, articulada, com ações das três áreas de governo (federal, estadual e municipal) para humanizar o trânsito brasileiro. Preservar a vida significa ter um código de trânsito que não só seja bonitinho, mas que ninguém que cometa infração, irregularidade e morte e coloque em risco a vida dos outros fique impune?, ressaltou.
Humberto Costa, ministro da Saúde, se juntou ao grupo e também abordou a necessidade de aplicação e mudanças no código. ?Boa parte dos acidentes que acontecem se dá por conta de imprudências que são realizadas no trânsito. Temos que trabalhar no sentido de aplicar o código brasileiro de trânsito, que é bastante avançado, e, ao mesmo tempo, educar as pessoas para que possam ter uma atitude mais adequada e de mais cuidado com o semelhante?, disse.
Para o ministro, a principal revisão a ser feita é a que se refere às pessoas que bebem e dirigem. ?As decisões da Justiça, que consideram que a obrigatoriedade do uso do bafômetro é uma geração de prova contra si próprio, portanto algo inconstitucional, parecem uma coisa absurda. Isso é que precisaria ser mexido. Existe no Senado um projeto do deputado Beto Albuquerque que, se for aprovado, vai facilitar bastante e permitir que a gente impeça que o motorista irresponsável que bebe, dirige, continue a ficar na impunidade?, salientou.
Humberto disse ainda que uma das grandes causas de atendimento nos serviços de emergência hoje são os acidentes de trânsito. Somada a isso a ocupação de leitos em hospitais, se geraria um prejuízo enorme para o sistema de saúde, que poderia ser evitado, segundo ele, com educação do motorista e de toda a população.
De acordo com informações do administrador da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base de Brasília, José Antônio Peixoto, são gastos de R$ 3 mil a R$ 4 mil por dia com vítimas de acidentes de trânsito. A campanha realizada hoje em comemoração pelo Dia Mundial da Saúde foi uma parceria dos ministérios da Cidade e da Saúde, da Organização Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial de Saúde.
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