O número de acidentes de trânsito em Curitiba representa custos elevados tanto para os cofres públicos quanto para a sociedade. No ano passado foram registrados 25.110 acidentes de trânsito na capital, que tiveram um custo aproximado de R$ 900 milhões. Segundo o diretor da Diretran, José Álvaro Twardowski, é como se cada cidadão curitibano tivesse pago cerca de R$ 200, só em 2001, com acidentes de trânsito.

As principais imprudências que causam acidentes urbanos são a falta de atenção e desobediência à sinalização, como avanço do sinal vermelho e excesso de velocidade.

Cada tipo de acidente registra um custo social diferenciado. Conforme estudos da Companhia de Engenharia do Tráfego (CET), em São Paulo, um acidente sem vítimas gera uma despesa de cerca de R$ 4 mil. Um caso que envolva vítima fatal chega a aproximadamente R$ 465 mil. Já um atropelamento custa cerca de R$ 29 mil e um acidente com feridos registra quase R$ 20 mil.

Programas

Para diminuir os índices de acidentes de trânsito, que entraram numa escalada de crescimento entre os anos de 1992 e 1995, a Prefeitura de Curitiba criou, em 1996, o programa Cidadão em Trânsito, que conscientiza os adultos pela mídia e faz trabalhos educativos com crianças. Hoje, mais de 100 mil crianças de escolas municipais de primeira a quarta séries já foram atingidas pelo programa.

Segundo Twardowski, depois do programa e da rigidez do Código de Trânsito Brasileiro, o número de acidentes diminuiu significativamente. Este ano, a expectativa é fechar na faixa dos 24,8 mil acidentes. “Acho que, se nada tivesse sido feito em 1996, esse número seria de 40 mil acidentes. A tendência para os próximos anos é diminuir ainda mais o número de acidentes”, afirma Twardowski.

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