Os 25.110 acidentes ocorridos em Curitiba durante o ano passado custaram aproximadamente R$ 334 milhões. A informação foi divulgada pelo diretor da Diretran (Diretoria de Trânsito da Urbs), José Álvaro Twardowski, na manhã desta quarta-feira (18) na abertura da Semana Nacional de Trânsito, em Curitiba.
?É como se cada cidadão curitibano tivesse pago o equivalente a R$ 200 só no ano passado?, comparou o diretor ao explicar que os custos sociais compreendem, entre outras, as despesas com hospital, guincho, seguro obrigatório, seguradora do veículo, licença por afastamento, perda de produtividade, pensão, indenizações e até o funeral no caso de mortes resultantes dos acidentes.
O resultado é baseado num estudo da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, realizado em 97, que calculou o valor médio das perdas sociais de cada acidente. Pela pesquisa da CET, um acidente sem vítima custa aproximadamente R$ 4.500; um acidente com vítima causa um prejuízo de R$ 18 mil, um atropelamento custa R$ 27 mil e uma vítima fatal causa um prejuízo de R$ 451,2 mil.
O diretor lembra que está ocorrendo uma redução do número absoluto de acidentes em Curitiba. ?Mas ainda temos que reduzir mais?, alerta. Em 1997, ano em que foi criado o programa Cidadão em Trânsito, houve 25.719 acidentes em Curitiba. Em 1998, primeiro ano de vigência do Código de Trânsito Brasileiro, foram 24.350. Em 1999 ocorreram 26.381 acidentes e em 2000, 25.587. No ano passado este total caiu para 25.110. A previsão para este ano é que sejam registrados pelo BPTran 24,8 mil.
Comparando os números de 1997 aos de 2001, é possível perceber que houve crescimento da frota de 16,8% e redução de atropelamentos (29,6%), feridos (24,8%) e mortes no local (21,1%). O total de acidentes neste mesmo período caiu 16,4%.