Acidente aéreo no Irã mata 29 e não 80, diz Aviação Civil

Um avião de passageiros derrapou nesta sexta-feira (01) durante a aterrissagem no aeroporto da cidade iraniana de Mashhad batendo uma de suas asas contra o chão. O impacto causou um incêndio que deixou pelo menos 29 mortos, informou o chefe da Organização Iraniana de Aviação Civil. Mais cedo, a emissora estatal de televisão noticiou que cerca de 80 pessoas haviam morrido na tragédia. Não havia informações precisas sobre o número de feridos.

Com 148 pessoas a bordo, a aeronave derrapou na pista "e uma das asas chocou-se no chão causando o incêndio", disse Nourollah Rezai Niaraki. O avião pertencente à Iran Airtour, uma subsidiária da companhia aérea estatal do Irã, havia saído de Bandar Abbas, no sul do país. Nenhum tripulante da aeronave, um Tupolev Tu-154, morreu no incêndio. Os demais passageiros foram resgatados, informou a televisão estatal.

Filmagens no aeroporto de Mashhad mostravam equipes de resgate carregando corpos que estavam na parte central do avião, gravemente atingida pelo incêndio. A aeronave não aparentava estar em chamas, mas bombeiros usavam mangueiras. Dezenas de corpos foram colocados no chão e cobertos com lençóis.

Acidentes aéreos são freqüentes no Irã e é comum o governo local atribuir a responsabilidade aos Estados Unidos, que dificultam a importação de peças importadas de manutenção por intermédio de sanções. Os países ocidentais ofereceram abrir as portas para vendas de aviões e peças como parte do pacote de incentivos que seria fornecido caso o Irã suspendesse seu programa nuclear.

Em março, a Iran Air chegou a manifestar interesse em comprar aviões norte-americanos, apesar de não ter ficado claro como a companhia contornaria as sanções americanas, em vigor desde 1979 quando as relações diplomáticas foram rompidas após militantes tomarem a embaixada americana em Teerã.

A Iran Air tem pelo menos 43 aviões em sua frota. Sete são Boeings comprados antes da Revolução islâmica de 1979. Os demais incluem 28 Airbus e Fokkers europeus e sete Tupolevs de fabricação russa. Em 22 de agosto, um Tupolev-154 caiu na Ucrânia numa viagem entre o balneário russo na costa do Mar Negro e São Petersburgo, matando todos as 170 pessoas a bordo. O avião pertencia à companhia russa Pulkovo.

Mashhad, no nordeste do Irã, a mil quilômetros de Teerã, recebe anualmente cerca 12 milhões de pessoas em peregrinação a santuários xiitas.

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