Representantes dos países que participam das conversações multipartidárias em Pequim sobre o programa nuclear norte-coreano resolveram nesta segunda-feira (12) suas principais diferenças sobre os passos para a desnuclearização da Coréia do Norte, que testou uma bomba atômica em outubro. Agora, o projeto de acordo será enviado para aprovação dos respectivos governos.

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O último e quinto dia de conversações entre EUA, Coréia do Norte Coréia do Sul, Japão, Rússia e China havia emperrado por causa da ajuda em energia que Pyongyang receberá em troca de desistir de suas ambições nucleares. Mas os enviados passaram o dia discutindo até chegar a um acordo. "Obtivemos um grande progresso", disse o enviado americano, Christopher Hill.

"Houve um acordo sobre as ações da Coréia do Norte para a desnuclearização, seu alcance e quão longe elas irão, além das medidas correspondentes dos outros países e a escala de assistência", disse o enviado sul-coreano Chun Yung-woo. "A Coréia do Norte basicamente concordou com todas as medidas do projeto", acrescentou.

Nenhum dos enviados deu detalhes sobre o projeto, mas indicaram que ele resume compromissos específicos para Pyongyang e estabelece grupos de trabalho para aplicar esses objetivos em cerca de um mês. Uma fonte diplomática disse que a Coréia do Norte havia exigido dos EUA e dos outros quatro países o fornecimento de 2 milhões de toneladas anuais de petróleo – avaliados em US$ 600 milhões – e 2 mil megawatts de eletricidade. O projeto, apresentado pela China, contém passos para a aplicação do acordo de setembro de 2005, quando a Coréia do Norte concordara em abandonar seu programa nuclear em troca de ajuda econômica e de energia e garantias de segurança.

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