O ritmo de operação do Porto de Paranaguá voltou ao normal no final de semana, com o fim da paralisação dos caminhoneiros autônomos. De sexta a domingo, 3.783 caminhões passaram pelo pátio de triagem, que ficou lotado durante toda a semana passada, com 1.200 veículos. Já no domingo à tarde, não havia mais fila na BR-277, que dá acesso ao estacionamento. Na última semana, o congestionamento passou de cem quilômetros, alcançando a Região Metropolitana de Curitiba.
Ontem de manhã, havia 780 caminhões no pátio de triagem. No meio da tarde, 735 veículos aguardavam para desembarcar, apesar da segunda-feira ser um dia de fluxo mais intenso, já que muitos caminhoneiros passam o final de semana com a família e voltam à estrada no início da semana. Com tempo bom, três navios estavam atracados no cais do Porto, carregando soja para Itália, China e Holanda. Ao largo, 22 navios esperavam para embarcar soja em grão e mais oito para farelo.
De primeiro de janeiro a 30 de março deste ano, as exportações de soja em grãos por Paranaguá foram 41,8% maiores que no mesmo período do ano passado: 1,1 milhão contra 823 mil toneladas. Como a demanda do mercado internacional pelo grão está maior, houve redução de 16,9% na quantidade de farelos de soja (879 mil contra 1 milhão de toneladas). No óleo de soja, houve crescimento de 62,3% no volume exportado, que passou de 162 mil para 263 mil toneladas.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) estima que as exportações do complexo soja somem 12 milhões de toneladas neste ano. Só em grãos, a expectativa é embarcar 6 milhões de toneladas – contra 5,1 milhões em 2002. Um dos grandes negociadores de soja via Paranaguá é a China, que pretende comprar nesse ano 6 milhões de toneladas de soja brasileira – contra 4,5 milhões no ano passado.
