A dona de casa Maria do Carmo Ghislotti, de 31 anos, acusada de matar um adolescente de 15 anos que teria violentado sexualmente seu filho de três anos em fevereiro, foi absolvida hoje por júri popular em São Carlos, no interior de São Paulo. O juiz da 1ª Vara Criminal, Antonio Benedito Morello, encerrou o julgamento por volta de 17h05. Ao promotor Marcelo Mizuno cabe recurso da sentença ao Tribunal de Justiça (TJ), de São Paulo.

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O advogado de defesa, Helder Clay Biz, disse que sua atuação usou como tese o artigo 25 do Código Penal, ou seja, a legítima defesa da honra de terceiro. Sete jurados analisaram os vários quesitos e a absolvição ocorreu pela maioria. Maria do Carmo já estava em liberdade provisória desde 17 de fevereiro, concedida pela Justiça.

Em sete de fevereiro, Maria do Carmo usou uma faca, que diz ter encontrado na Delegacia da Defesa da Mulher (DDM), para matar o vizinho adolescente Robson Xavier Francelino de Andrade, de 15 anos. Andrade foi flagrado pelo pai do menino de três anos, violentando-o sexualmente, num bambuzal perto de casa, no distrito de Santa Eudóxia. A polícia foi acionada e enquanto a criança era levada para fazer o exame de corpo de delito no Pronto-Socorro, Maria do Carmo cometeu o crime, desferindo um golpe de faca no pescoço de Andrade. A mulher foi presa em flagrante e o promotor a denunciou por homicídio qualificado. A acusação defendia a tese de que Maria do Carmo dificultou a defesa da vítima.

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