A Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) solicitou a inclusão do setor de bens de capital no Plano de Desoneração das Indústrias de Uso Intensivo de Mão-de-obra, em desenvolvimento pelo governo federal. Segundo a Abimaq, o pedido foi encaminhado aos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge.
"A inclusão é justificada pelo uso de intensa mão-de-obra direta e pela perda de competitividade do setor ocorrida devido à política cambial de apreciação do real frente ao dólar, afirmou o presidente da Abimaq, Newton de Mello, acrescentando que "trata-se de uma medida compensatória, pois não podemos perder mão-de-obra para a concorrência estrangeira".
O presidente da Abimaq alega que o setor sofreu queda de 2% no número de empregados, que passou de 212.239 em 2005 para 207.938 em 2006. Ele afirma ainda que houve redução de 1,9% no faturamento e de 0,6% no consumo aparente, em relação a um aumento de aproximadamente 16% nas importações em 2006 em comparação a 2005. "As compras de países como China, Taiwan, Cingapura e Hong Kong apresentaram crescimento explosivo nesse período".
Os números do setor, excluindo-se tratores, caminhões, ônibus e bens de informática, dizem respeito a um faturamento de R$ 54,8 bilhões (2006) contra R$ 55,8 bilhões (2005) e um consumo aparente de R$ 55,6 bilhões (2005) para R$ 55,2 bilhões (2006). Já as importações passaram de US$ 8,5 bilhões, em 2005, para US$ 9,8 bilhões em 2006.