O presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Maurício Azêdo, contestou hoje a representatividade da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj) como autora do projeto de lei que cria o Conselho Federal de Jornalismo, durante debate sobre o tema realizado pela TV Câmara. O projeto foi enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso Nacional na última semana.
Segundo o presidente da ABI, a Fenaj representa um universo muito pequeno da categoria e o projeto não foi discutido com os profissionais. “Uma lei tem que atender à aspiração social. E que representatividade tem a Fenaj, se na última eleição para presidente da entidade, só pouco mais de cinco mil profissionais votaram?”, questionou Maurício Azêdo.
Também presente ao debate, o presidente da Fenaj, Sérgio Murillo de Andrade, respondeu que a proposta corresponde a um sentimento da categoria e lembrou que a Federação tem uma longa história de luta dentro do jornalismo. Andrade preferiu não estender o debate sobre a questão.
O presidente da ABI, que representa as empresas de comunicação, ressaltou que, se aprovado, o projeto constituirá um ?grave impedimento do exercício da liberdade de imprensa no Brasil?. Ele lembrou que a Constituição estabelece que nenhuma lei pode oferecer ?embaraços ao exercício da liberdade de imprensa?.
Maurício Azêdo informou que a ABI vai pedir aos líderes partidários que o projeto seja retirado ou rejeitado pela Câmara dos Deputados, para que nem chegue ao Senado.
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