“A vida é como o futebol”: Paulo Coelho filosofa sobre o Mundial no Twitter

Foto por: Francois Guillot

O escritor Paulo Coelho, autor de bestsellers de sucesso mundial, está aproveitando a disputa do Mundial-2010 para lançar mensagens no Twitter sobre o que é a vida depois das partidas.

Afirmando que “a vida é como o futebol”, Coelho atualiza num ritmo frenético seus comentários filosóficos em sua conta e mantém um diálogo fluido com seus milhares de seguidores.

“O lado bom (do Mundial): passo 5 horas por dia diante da televisão, mas sem sentimento de culpa!”, comentou no sábado, pouco antes de dizer que não foi surpresa para ele que a Holanda conseguisse carimbar tão rápido sua passagem para as oitavas de final.

E ele explica por que “a vida é como o futebol”: “Se você não deixar que as críticas te detenham, você acaba vencendo”, conforme escreveu na quinta-feira, após a vitória de 4-1 da Argentina sobre a Coreia do Sul, numa referência à seleção de Maradona.

O escritor carioca alterna suas mensagens em espanhol, português e inglês e, entre uma partida e outra, comenta não apenas sobre o Mundial, mas também sobre outros temas, como seus livros.

Coelho também arrisca seus palpites, o que levou seus seguidores a chamá-lo de “Nostradamus Coelho”, principalmente depois de adivinhar o empate entre a Inglaterra e os Estados Unidos. Sobre a final de 11 de julho, não hesita: Brasil-Alemanha.

Mas além desses comentários soltos, muitos esperarem até o final da partida para ler o bate-papo filosófico com o escritor, que proporciona ensinamentos da partida, usando elementos ocorridos em campo.

“A vida é como o futebol, nem sempre podes fazer feliz o anfitrião”, afirmou depois que o Uruguai marcou um contundente 3 a 0 sobre a África do Sul.

“A vida é como o futebol, quando muda a música, também muda a dança”, comentou ao término do encontro México-França (2-0), algumas horas depois de avaliar que “a vida é como o futebol, se resistires ao primeiro golpe, vencerás”, em referência à partida em que a Grécia venceu de 2-1 a Nigéria.

‘Nostradamus Coelho’ acrescentou, depois do revés dos franceses, que “as bruxas irlandesas nunca esquecem a mão de Henry”, em alusão ao polêmico gol que classificou os ‘Bleus’ na fase de repescagem, mas sem saber então a tempestade que ia se abater sobre os franceses com o escândalo envolvendo os xingamentos do jogador Nicolas Anelka contra o técnico Raymond Domenech.

O autor de ‘O alquimista’ fez parte em 2007 da delegação que apresentou a candidatura brasileira para o Mundial-2014 e teve a oportunidade de tocar o troféu do torneio junto com o presidente Lula.

“Já vi pessoas falando durante cinco horas sobre uma partida de futebol. Mas nunca vi gente falando durante cinco horas sobre uma relação sexual. Isso quer dizer que a emoção do futebol dura mais tempo… Não digo que seja melhor, só que dura mais”, comentou na ocasião.

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