Na língua tupi-guarani, Paranaguá significa Grande Mar Redondo. Era a referência dos primeiros habitantes da região à imensidão da baía de Paranaguá, berço da civilização paranaense. O rico patrimônio histórico e cultural, aliado à importância econômica do Porto de Paranaguá, de onde sai a maior parte das riquezas no Estado para ganhar o mercado internacional, fazem da cidade um dos mais importantes municípios do Paraná.
Passeando pela cidade, é possível encontrar diversos testemunhos da saga da colonização do Paraná. A Ilha da Cotinga, que trouxe os primeiros aventureiros à procura de ouro, a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, guardiã inabalável que durante séculos defendeu a entrada da baía, o Colégio dos Jesuítas, a Catedral, a Fonte da Camboa, que antes mesmo do descobrimento do Brasil já matava a sede dos índios carijós.
Foi em Paranaguá que em 1880 desembarcou o imperador D. Pedro II, em visita à cidade para o lançamento da pedra fundamental do edifício da Estação Ferroviária, inaugurada pela Princesa Isabel cinco anos depois. A Estrada de Ferro que serpenteia a Serra do Mar é uma das grandes obras da engenharia nacional.
Paranaguá parece ter sido fadada desde sua fundação a receber grandes obras e garantir seu lugar entre as cidades mais importantes do Paraná. Prova disso está no Porto de Paranaguá, o segundo maior do Brasil e o principal escoadouro de grãos do país.
No contexto histórico do Paraná, o Porto de Paranaguá foi a porta de entrada para os primeiros povoadores do Estado e, desde a segunda metade do século XVI, o Porto sempre foi o principal exportador da região que mais produz produtos agrícolas do Brasil.
A história do porto começa com a própria história de Paranaguá, mas foi apenas no final do século XVIII que o antigo ancoradouro começou a ser explorado comercialmente, através de uma concessão do Governo Federal para uso particular.
Em maio de 1917 a concessão foi transferida ao Governo do Paraná, e nove anos mais tarde o porto começaria a ganhar a força hoje reconhecida nacionalmente. É o maior porto do sul do Brasil, atuando principalmente na exportação de grãos e sendo também utilizado pelo Paraguai para transporte de sua carga alfandegada (nos dois sentidos), conforme um tratado com o Brasil.