A rastreabilidade

Michel Tartarin Zambelli

Mais do que nunca, o mercado internacional mostra-se muito favorável e receptivo aos produtos fabricados no Brasil, reconhecidos atualmente como produtos de qualidade. A boa performance demonstrada pelas exportações, com reflexos positivos na balança comercial, move as empresas nacionais rumo à conquista de mais mercados.

Um dos mercados com excelentes perspectivas é a França. Recentemente foi assinado acordo entre os governos brasileiro e francês para que 2005 seja o Ano do Comércio Brasil-França. A qualidade dos alimentos oferecidos aos cidadãos da União Européia continua a ser uma preocupação para as autoridades daquele continente. Leis, regulamentos e diretivas – gerais e setoriais – controlam muitos aspectos da produção dos alimentos e são, freqüentemente, reforçados pelos governos nacionais por meio de regulamentos locais. Nesse sentido, um dos novos e mais destacados requisitos é a rastreabilidade total da cadeia de suprimentos.

O regulamento CE 178/2002 da Comunidade Européia exige que cada fase da cadeia de suprimentos tenha acesso aos dados dos parceiros, tanto a montante quanto a jusante, e disponha de um sistema de rastreamento.

Contudo, um sistema de rastreabilidade eficiente, com custos aceitáveis, mais do que uma mera identificação de um grupo de produtos genéricos, deve identificar, com precisão, qualquer problema de segurança alimentar relativo a uma origem geográfica específica, a uma unidade de produção ou distribuição. Diante disso, os exportadores nacionais têm estado atentos a essas regulamentações, adequando seus sistemas de rastreabilidade às exigências dos mercados cada vez mais globalizados.

A EAN Brasil, entidade multissetorial sem fins lucrativos, apóia a disseminação da rastreabilidade por meio da automação. Grande parte desse conhecimento vem da participação da entidade, por meio da EAN International, sediada em Bruxelas, da qual a organização brasileira é membro, nos diversos fóruns de discussão e projetos desenvolvidos pelas principais instituições mundiais relacionadas à segurança de produtos, como os comitês específicos da ONU e da Comunidade Européia. Esses, de forma geral, recomendam para as aplicações de rastreabilidade o emprego dos padrões do Sistema EAN.UCC, adotados em todo o mundo.

Isso é fundamental, pois no mundo globalizado uma cadeia de suprimentos não se limita mais ao território de cada nação. E as aplicações que garantem a rastreabilidade dos produtos dependem da interação entre várias empresas em posições diferentes – no mundo!

Michel Tartarin Zambelli é assessor de soluções de negócios da EAN Brasil.

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