Desde o primeiro ano letivo, os futuros Bacharéis em Direito aprendem a admirar a sublime missão do excelso Supremo Tribunal Federal, o “Guardião da Constituição”.
Estuda-se a sua composição e competência, apreciando e respeitando seus Julgados e, notadamente, as Súmulas, que se constituem em verdadeiras Fontes do Direito.
Muitas unidades federativas fizeram-se representar na Egrégia Corte, como, atualmente, ocorre com tantas outras.
Todavia, o Paraná, inobstante sediar a mais antiga Universidade do Brasil, a Universidade Federal do Paraná, outras quatro em sua capital e mais oito no interior, afora inúmeras Faculdades, o Tribunal de Justiça com quarenta e dois desembargadores e o Tribunal de Alçada com setenta juízes, magistrados de primeiro grau em acentuado número, valorosos agentes do Ministério Público e combativo corpo de advogados aglutinados em sua operosa corporação e no Instituto dos Advogados, jamais teve um de seus filhos, exceção de Ubaldino do Amaral Fontoura, em prisca época, escolhido como seu Ministro.
É verdade que a biografia de Ubaldino do Amaral é riquíssima, podendo ser invocada como motivação para que outro paranaense de escol granjeasse a honraria.
Neste biênio o senhor presidente da República terá oportunidade de preencher duas vagas na Corte Maior, ocasião para que o Paraná, com clamor dos poderes públicos, de entidades não governamentais, a exemplo do atuante Movimento Pró-Paraná e outras culturais, afora a mobilização da sociedade civil, talvez consiga tornar realidade o sonho, que, em passado recentíssimo, legou ao colendo Superior Tribunal de Justiça, o saber jurídico da ministra Denise Martins Arruda.
Quero crer que a esperança continua e que o Chefe da Nação haverá de reconhecer o mérito do Paraná, reservando-lhe uma das vagas da Excelsa Corte.
Evaldo de Paula e Silva Junior é acadêmico da Faculdade de Ciências Jurídicas da U.T.P. Coordenador Comitê Jovem Movimento Pró-Paraná, Centro de Letras do Paraná e Academia de Cultura de Curitiba.