Mais de 24 horas após o covarde massacre que castigou Madri, a dor e a revolta continuam estampadas no rosto dos espanhóis. Hoje, centenas de manifestaçoes ocorreram por todo o país. As passeatas e minutos de silêncio se estenderam por toda a Europa, onde a maioria das capitais atendeu o pedido de fazer um grande protesto às 19h, de Madri.
Em Barcelona, as manifestações começaram desde cedo. Ao meio dia, toda a cidade parou 15 minutos. Bancários saíram às ruas. Carros paravam. Metrôs e trens não funcionaram durante esse período. Todos ficaram estáticos em respeito às vítimas e repulsa ao atentado. A grande concentração nesta hora foi em frente ao Palácio da Generalitat, na Praça Saint Jaume, no centro de Barcelona. Ali se encontravam os principais governantes da Catalunha e centenas de pessoas se aglomeraram para fazer sua parte no protesto contra o terror. Cartazes, velas e muita emoção marcaram as manifestações.
À noite, mais de 50 mil pessoas se reuniram na rua Passeig de Gracia e caminharam lentamente até a Praça da Catalunha, coração da cidade. O presidente da Generalitat (órgão que controla a Catalunha), Pasqual Maragall, liderou a manifestação e ao seu lado se encontravam o prefeito de Barcelona, Joan Clos e o presidente do parlamento catalao, Ernest Benach.
Em Madri, pela primeira vez, uma manifestaçao popular contou com a presença de membros da família real. O príncipe Felipe e as infantas Cristina e Helena marcharam à frente do protesto. (Leia mais na edição de amanhã de O Estado do Paraná)