A emenda é pior

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está propondo ao ?camarada de armas? José Dirceu, na medida do possível, resignada abstinência em relação à afrontosa tese da anistia da cassação do mandato e suspensão dos direitos políticos.

Consta que o ex-homem forte do governo retornou o recado do presidente, tranqüilizando-o com a mesma dose de discordância com o pensamento enunciado pela vanguarda do Campo Majoritário, que defende seu retorno ao picadeiro da política.

Dirceu, entretanto, reafirmou a decisão de aguardar o pronunciamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, na qual foi enquadrado como chefe da ?quadrilha? do mensalão, pecha que o ex-ministro repele com destemor.

A partir de então e a depender da natureza da conclusão dos ministros do STF, Dirceu deverá escolher, com seus advogados, qual é o caminho jurídico mais indicado para reaver as prerrogativas integrais da cidadania.

Pelo visto, também ele não se convence de virtuais benefícios da antecipação de providências, como submeter agora o projeto à Câmara por iniciativa da bancada petista. Até o conselheiro Acácio concordaria com a tese que mais bárbara que o soneto haveria de ser a emenda.

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