As demandas junto ao Poder Judiciário apresentaram um grande crescimento no final do século passado e início deste século e tal fato se deve a luta pelos direitos.

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Os processos eram inicialmente analisados por cada julgador do início ao fim e este julgador buscava a verdade material envolvendo os litígios para chegar a conclusão do problema em questão. A verdade material é aquela verdade onde se buscam conhecer os fatos em questão não somente dentro do que consta nos autos, mas também o que está fora dele.

Face ao aumento do número de litígios os processos começaram a levar mais tempo para serem julgados e muitos julgadores passam a se valer da verdade formal para o julgamento, ou seja, vale somente o que consta nos autos e não fora dele.

Como o volume de litígios na esfera judicial é grande, os julgadores acabam necessitando de assessores, geralmente competentes, para os ajudar no encaminhamento de suas decisões.

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Esta ajuda se faz necessária porque sozinho nossos juízes não conseguem ler caso por caso, analisar documento por documento, quando a quantidade de processos é elevada. Nossos julgadores realmente não têm culpa disso e precisam destas pessoas para ajudá-los, já que seria desumano ler com atenção todas as causas que lhe são submetidas a julgamento.

Com este aumento do número de processos o Judiciário passa a ter uma nova função com relação aos julgamentos, nossos julgadores procuram buscar a resolução de conflitos num menor espaço de tempo possível. Esta busca é acompanhada por reformas legislativas, sobretudo no campo processual civil.

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Desta forma, nossos julgadores, em geral bem preparados, deixam a análise da verdade formal para um segundo plano, dando-se prioridade a solução rápida do conflito, porém, isto não quer dizer que não analisem a verdade formal.

Robson Zanetti é advogado em Curitiba. Doctorat Droit Prive pela Universitè de Paris 1 Panthéon-Sorbonne. Corso Singolo Diritto Privato pela Università degli Studi di Milano. E-mail: robsonzanetti@robsonzanetti.com.br