A arte de governar

Os governantes enfrentam problemas de natureza multiforme no cotidiano da administração, vendo-se obrigados a tomar decisões nem sempre recebidas com agrado pela sociedade. Isso acontece com freqüência quando é necessário nomear quadros para a administração pública, as tais reformas do secretariado ou do ministério.

Como bem lembrou o veterano jornalista Hélio Fernandes, na maioria das vezes os governadores ou o presidente da República são induzidos a agir por amizade e sensibilidade pessoal, dando lugar na máquina pública a companheiros derrotados nas eleições. O caso de Lula é a expressão desse sentimento. Ao compor o primeiro ministério teve de abrigar um punhado de petistas derrotados em seus estados.

Estima-se estar por poucos dias o hipotético anúncio da reforma do secretariado do governo Roberto Requião, com o aproveitamento de prefeitos preteridos em seu intento de reeleição. Entre outros fala-se de Paulo Furiatti, Péricles Holleben de Mello e Sâmis Silva, que perderam na Lapa, Ponta Grossa e Foz do Iguaçu.

A reforma parece ter começado na Copel, com a decisão tomada por Paulo Pimentel de deixar a presidência da empresa, após dois anos, a fim de reassumir o comando de seu próprio grupo. Para sucedê-lo, o governador indicou Rubens Ghilardi, até então ocupante de uma diretoria. O caminho, assim, fica desimpedido para a revelação dos novos colaboradores do primeiro escalão.

Escolher e nomear auxiliares pessoais é prerrogativa de governo e postulado da democracia, assegurado o direito do cidadão de exigir do aparelho de Estado sintonia fina com padrões de eficiência, espírito público e honradez.

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