Rio – Nos dois primeiros meses do ano, 678 mil trabalhadores entraram com pedido de seguro-desemprego. Desses, 650 mil tiveram a documentação aprovada e 270 mil já receberam pelo menos a primeira parcela do benefício.

As informações são do diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, Carlos Augusto Gonçalves Júnior. Segundo ele, a diferença significativa entre o número de segurados e de beneficiados neste ano decorre do aumento do emprego formal no período, especialmente no interior. Isso fez com que muitos trabalhadores tivessem cancelados seus pedidos do benefício.

A taxa de cobertura dos segurados, ou seja, a diferença entre o número de trabalhadores formais demitidos no período e os que receberam o seguro-desemprego ficou em 55%. Para Gonçalves, o índice foi pequeno, se considerado o período, de grande rotatividade de emprego e tradicionalmente com a menor procura por colocações.

Nove estados, contudo, apresentaram taxas de cobertura inferior à média nacional de 55%: Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

De acordo com Gonçalves, as taxas nesses estados são inferiores, por representarem regiões com alta rotatividade de emprego; áreas onde o acesso à informação sobre seguro-desemprego é precário, ou que tenham uma participação significativa de trabalhadores rurais, que tradicionalmente recorrem menos ao benefício.

Gonçalves informou que, para resolver parte desses problemas, o Ministério do Trabalho está estudando formas de reestruturar as delegacias regionais e postos do Sistema Nacional de Emprego. Todas essas instituições ficariam encarregadas de difundir os direitos da população trabalhadora, através de boletins e cartilhas sobre o seguro-desemprego.

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