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5 dicas para viver plenamente após os 50 anos

Envelhecer faz parte da vida e não significa o fim (Imagem: Ground Picture | Shutterstock)

O Censo de 2022, realizado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que há cerca de 22 milhões de pessoas com mais de 65 anos, o que corresponde a 11% da população. O Brasil está em ritmo de acelerado envelhecimento: em 2030, haverá mais idosos do que crianças.

Mais de 4 milhões de idosos moram sozinhos. O desafio é preservar a autonomia (física, mental, financeira) e a mobilidade. Por isso, a preparação para a longevidade com saúde e alegria de viver precisa começar na juventude.

A “segunda idade adulta” começa quando alcançamos os 50 anos. Podemos desenvolver novos projetos, concretizar sonhos antigos, renovar as redes de relacionamentos para viver plenamente essa fase da vida. A seguir, algumas sugestões:

1. Perceber e superar o etarismo que existe dentro de nós

É forte o preconceito social contra o envelhecimento, que enaltece a juventude e considera os idosos como feios e descartáveis. Quando reproduzimos esse preconceito até mesmo sem o perceber, limitamos nossas escolhas e deixamos de aproveitar muitos presentes que a vida nos oferece. O envelhecimento, como as demais fases da vida, é época de transformações. 

2. Manter acesa a chama da curiosidade e a abertura para novos interesses

Isso inclui desenvolver novos talentos, em especial após a aposentadoria ou da redução do ritmo de trabalho. É um recurso importante para a prevenção da depressão.

3. Cultivar um reservatório de boas lembranças

Nosso cérebro está programado para fixar na memória as experiências negativas. É necessário direcionar nossa atenção para as experiências positivas, “saborear os bons momentos”. Com essa disposição, descobrimos muitos momentos do cotidiano que podem fazer parte desse reservatório de boas lembranças: contemplar uma bela paisagem, saborear com calma uma refeição preparada com carinho, apreciar uma boa conversa. Esse reservatório nos ajuda a enfrentar os períodos difíceis que acontecem na vida de todos nós. 

Grupo de idosos fazendo exercício ao ar livre
Um envelhecimento saudável demanda cuidar do corpo e da mente, e uma rotina com exercícios físicos é aliada nesse sentido (Imagem: Robert Kneschke | Shutterstock)

4. Cuidar do corpo e da qualidade dos pensamentos

Exercícios físicos, alimentação saudável, gerenciamento do estresse, recursos para prevenir a ansiedade e a depressão, são cuidados essenciais para manter nosso corpo na melhor forma possível. Prestar atenção à qualidade de nossos pensamentos contribui para construir a serenidade interna. 

5. Flexibilidade para lidar com diferenças e divergências

Com filhos adultos, genros, noras e netos, são grandes os desafios para construir uma convivência harmônica. Desenvolver uma boa escuta e o respeito pelas diferenças de opiniões e de formas de viver contribui para a boa qualidade dos relacionamentos na família, que se amplia com a chegada de novas pessoas. 

Para concluir: vale ressaltar que todos nós somos uma “obra em progresso”. A vida é dinâmica e, com disposição e paciência, podemos fazer mudanças em nós mesmos e em nossos relacionamentos. Podemos olhar os problemas como oportunidades de desenvolver recursos para viver melhor e, com isso, aproveitar plenamente nossa “segunda idade adulta”.

Por Maria Tereza Maldonado

Mestre em Psicologia pela PUC-RIO. Tem mais de 40 livros publicados, entre eles “Construindo a felicidade” (Editora Ideias & Letras). Para comemorar seus 75 anos, criou a palestra-show “Longevidade com alegria de viver”.