41.565.000. Este é o número de brasileiros com acesso à internet, segundo o índice Ibope/Net Ratings. Rompemos a barreira dos quarenta milhões de usuários no mês passado. É mais um sinal de força da economia, que permite que mais e mais pessoas tenham acesso aos computadores e, por conseqüência, à ?grande rede?. Mas é um sinal claro da revolução digital que o Brasil vive (e o mundo também).
Há cada vez mais computadores nas casas – segundo o Ibope, são mais de 35 milhões de pessoas com acesso à web em residências. Há cada vez mais laptops nas mesas dos restaurantes, nos ônibus, nos aviões, nos cafés. O brasileiro está se tornando um ?ser digital?, que não consegue mais viver sem seu computador e sem a internet.
Tanto é verdade que outros meios de comunicação estão se adaptando a esse novo mundo, buscando formas de inclusão mais instantânea à web – para que, ao invés de perder o público que migra constantemente para o computador, continue lá, mas visualizando o conteúdo produzido por outras mídias.
E quem comanda esta tendência são os jovens. São eles que dominam as casas – ainda é comum ver residências em que os ?chefes? (pais e mães) não sabem programar o forno de microondas, o aparelho de DVD e a TV a cabo. No computador, são rápidos, conhecem os sites do momento e não desgrudam da tela um momento sequer.
Hoje, não conhecer MSN, YouTube, Orkut ou MySpace é um sintoma claro de ?defasagem cibernética?. E também de distanciamento da realidade da mídia, que abusa destas plataformas para criar e acabar com tendências na cultura, na moda, nos costumes, na política e no esporte. A força da internet obriga, até mesmo quem não quer, a se atualizar constantemente, usando o mouse, o teclado e o monitor. E quem entra nesta roda-viva não consegue sair.
E será assim daqui por diante, cada vez mais. A trajetória digital ainda não tem destino certo, estamos no início de uma longa caminhada. Melhor: estamos só começando esta viagem sem volta para um universo desconhecido.
