32 peregrinos mortos em atentado contra Bagdá

Um militante suicida lançou neste domingo um carro com explosivos contra um caminhão que transportava peregrinos xiitas em Bagdá, matando pelo menos 32 pessoas e ferindo outras 25, um dia depois de o primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, ter advertido que a violência sectária pode se espalhar pela região

O atentado no distrito de Karrada, centro bagdali, também ocorreu horas depois de a Casa Branca confirmar que serão enviados 4.700 soldados extras ao Iraque, além dos 21.500 aprovados em janeiro. Serão enviados para o Afeganistão 3.500 soldados adicionais

Os peregrinos retornavam da cidade sagrada de Kerbala, cerca de 90 quilômetros ao sul de Bagdá, onde milhões de pessoas se reuniram no fim de semana para o maior ritual xiita, apesar dos ataques que têm sido lançados por supostos insurgente

sunitas. Um dos peregrinos, Nasir Sultan, disse que foi arremessado pela explosão. "Pude ver vários corpos em chamas", contou

No noroeste de Bagdá, perto do bairro de maioria xiita Cidade Sadr, um suicida detonou explosivos dentro de um microônibus, matando dez pessoas e ferindo oito

Em uma conferência em Bagdá no sábado, o primeiro-ministro iraquiano pediu a várias potências regionais e mundiais que façam todo o possível para ajudar a conter a violência sectária, que ameaça levar o Iraque a uma guerra civil

O Irã – que com a Síria é acusado pelos Estados Unidos de apoiar as milícias iraquianas – informou hoje que considerou a conferência construtiva e que respalda os esforços para conter a violência no Iraque. A população do Irã, assim como a do Iraque

é de maioria xiita. Teerã tem boas relações com vários políticos iraquianos, alguns dos quais passaram vários anos exilados no Irã

Os jornais estatais sírios informaram hoje que Damasco apóia "uma solução política" para encerrar a violência no Iraque

Apesar do comprometimento manifestado por diversos países durante a conferência, o presidente americano, George W. Bush, ordenou no sábado o envio de 4.700 soldados adicionais ao Iraque onde os EUA já têm 135.000 militares.

Em uma carta enviada à líder da Câmara, a democrata Nancy Pelosi Bush pediu – além dos US$ 100 bilhões para o envio de 21.500 soldados extras anunciado em janeiro – mais US$ 3,2 bilhões para 2.400 soldados de combate, 2.200 policiais militares e 129 soldados que participarão das equipes de reconstrução do Iraque.

Funcionários americanos indicaram hoje que mais tropas adicionais podem ser despachadas para o Iraque. O vice-secretário da Defesa, Gordon England, disse a deputados na semana passada que até 7.000 soldados adicionais podem ser enviados. O pedido de reforço foi feito pelo general David Petraeus, novo comandante das tropas americanas no Iraque, para conter a onda de violência sectária, que atinge principalmente Bagdá.

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