30% dos fertilizantes estão fora do padrão

Cerca de 30% de 618 amostras de fertilizantes e afins coletadas em estabelecimentos comerciais do Paraná indicam que esses produtos estão fora do padrão. A avaliação, divulgada esta semana, é resultado da ação fiscalizatória desenvolvida por técnicos do Departamento de Fiscalização (Defis), da Secretaria da Agricultura, no comércio especializado em produtos agropecuários de todo o Estado.

Segundo o secretário da Agricultura, Newton Pohl Ribas, os dados são referentes ao ano de 2006. ?Foi possível chegar a essa conclusão graças ao esforço e competência dos ficais de campo dos 20 Núcleos Regionais da Secretaria da Agricultura. Do início ao final do ano passado, eles visitaram todos os estabelecimentos comerciais onde são vendidos fertilizantes e demais produtos afins. Através dessa iniciativa, fazemos nossa parte para que os insumos, que chegam aos agricultores, realmente apresentem a garantia oferecida por quem os produz?, comentou Ribas.

Após a coleta, as amostras foram enviadas ao laboratório do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). De acordo com o chefe da Seção de Fiscalização de Fertilizantes, Inocultantes e Corretivos do Departamento de Fiscalização de Insumos (DFI), Osnir Gasparin, os exames laboratoriais confirmaram que uma parte considerável das amostras coletadas está em desconformidade com a garantia indicada nos produtos.

?Por meio de análises de macro e micronutrientes, bem como pela granulometria, que avalia a mistura de grânulos no produto analisado, pudemos observar que os índices obtidos estão abaixo do que o produto indica garantir em suas etiquetas e embalagens?, informou.

Gasparin ainda lembrou que, em 2006, também foram constatadas duas fraudes no comércio dos produtos. ?Há situações em que colocam um produto com uma qualidade bem inferior numa sacaria de uma empresa bastante conhecida no mercado. Em alguns casos, o produto traz um conteúdo que não tem nada a ver com o que está indicado na embalagem. A falsificação chega a ser tão grosseira que, já na etiqueta, é possível identificá-la?, afirmou.

O trabalho de fiscalização de insumos desenvolvido pelo Defis poderá ser incrementado ainda mais. Há a possibilidade de que a partir deste ano sejam iniciadas as análises para verificar se os insumos estão contaminados por metais pesados. ?Precisamos estar atentos porque os metais pesados são bastante prejudiciais à saúde humana. Podem contaminar o solo e, conseqüentemente, os alimentos?, concluiu. (AEN)

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