2014 é a chance de a América se igualar em títulos à Europa

Gianluigi Guercia/AFP

A África do Sul se despede deste domingo da primeira Copa do Mundo no continente africano e passa o bastão para o Brasil, que em 2014 recebe uma edição pela segunda vez, com a esperança de chegar ao hexacampeonato e conquistar o décimo título mundial dos sul-americanos.

O torneio volta ao país do futebol 64 anos depois do Maracanaço, em que o Uruguai fez todos os brasileiros chorarem com o 2-1.

Até agora, os europeus venceram as sete Copas que países americanos sediaram, e depois da hegemonia europeia neste Mundial, um representante da Conmebol poderia re-equilibrar a situação em quatro anos.

Até agora, o Uruguai venceu em casa em 1930 e no Brasil em 1950, enquanto a seleção hoje pentacampeã venceu no Chile (1962), México (1970) e Estados Unidos (1994). A Argentina venceu em casa em 1978 e no México (1986).

“O Brasil foi eliminado na África do Sul, e a África também. Desejo que no próximo Mundial, que o Brasil vai receber, uma equipe africana chegue à final e que o Brasil a vença”, afirmou no sábado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Johannesburgo.

Nesta que vai ser a oitava edição em solo americano, a tendência é que nada mude.

O Brasil, que despediu Dunga, está à procura de um técnico para 2014 e provavelmente vai escolher um que seja amante do “futebol arte”, em detrimento do jogo ambicioso que as duas finalistas deste domingo, Espanha e Holanda, exibem.

Um técnico ao estilo de Dunga ou de Carlos Alberto Parreira não seria do agrado da torcida brasileira, que espera que a seleção verde-amarela não só conquiste o hexa como jogue bonito.

O Brasil quer a volta dos tempos de Pelé, dos títulos de 1958, 1962 e 1970, e até mesmo de Sócrates, Falcão e Zico, de 1982, que caiu na segunda fase no México diante da Itália, apesar de ser uma das melhores seleções nos últimos 30 anos.

Os favoritos para substituir Dunga são Luiz Felipe Scolari, com quem o Brasil conquistou o título em 2002, Mano Menezes (Corinthians), Muricy Ramalho (Fluminense), Ricardo Gomes (São Paulo) e Leonardo (ex-Milan).

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, quer um técnico com experiência “para suportar a pressão de uma Copa no Brasil”, segundo fontes da própria CBF citadas pela imprensa.

A Argentina, sem a menor sombra de dúvida, mal vê a hora de protagonizar ela mesma uma nova versão do Maracanaço que o Uruguai impôs em 1950. Nada seria melhor para os ‘hermanos’ do que ganhar em solo brasileiro o terceiro título mundial.

Messi estará em uma Copa pela terceira vez, depois de quase não participar na Alemanha de 2006 e aparecer pouco na África do Sul de 2010.

O mistério agora é se Diego Armando Maradona vai ou não continuar na seleção argentina e quem o substituiria.

O Uruguai, que se reafirmou com o quarto lugar na edição que acaba neste domingo, o Paraguai, que chegou às quartas de final, e o Chile, que renasceu nas mãos de Marcelo Bielsa, vão querer um lugar na festa brasileira. Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru também querer entrar nessa.

O México vai tentar afastar o fantasma das oitavas que o assombra há várias edições, liderado por uma geração mais madura, com Javier Hernández, Carlos Vela, Efraín Juárez e Giovani dos Santos, que pode jogar no Brasil, onde o pai nasceu.

A Copa de 2014 pode ser também a primeira em que Giovani jogará ao lado do irmão, Jonathan, que o técnico Javier Aguirre cortou na última hora.

Honduras, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Guatemala e os outros países da América Central também tentarão um lugarzinho na oitava edição em solo americano.

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