Brasília ? Quase 2 bilhões de pessoas foram afetadas por desastres naturais durante os anos 90 e mais de 1 milhão foram deslocadas devido às tsunamis (ondas gigantes) que atingiram a Ásia Oriental em 2004. Dos 11 milhões de refugiados e 25 milhões de pessoas deslocadas em seus próprios países, 80% são mulheres ou crianças. As mulheres e meninas são particularmente vulneráveis a violência, exploração e tráfico para fins sexuais.
O relatório da ONU aponta que os desalojados dentro de seus próprios países são particularmente vulneráveis à miséria e a ataques, sendo que a lei internacional não oferece nenhuma proteção efetiva, pois eles não atravessaram a fronteira. "Na Cúpula Mundial das Nações Unidas, os governos concordaram em ajudar a proteger os direitos humanos das pessoas desalojadas em seus próprios países", destaca o texto.
O estudo ressalta que problemas de saúde reprodutiva ? inclusive o HIV/aids e a mortalidade materna ? freqüentemente crescem vertiginosamente como resultado de situações de emergência, constituindo-se em outro grave problema a ser enfrentado pela ONU.