Balanço divulgado nesta tarde pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) apontou que mais de 190 mil bancários estão parados no País. De acordo com a Contraf que faz parte da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e representa cerca de 450 mil bancários, a greve nacional por tempo indeterminado, iniciada na manhã desta quinta-feira (5), está distribuída em 24 Estados, além do Distrito Federal, onde há 108 sindicatos ligados à confederação. Entre eles, estão os sindicatos das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.

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A categoria, que tem data-base em 1º de setembro, decidiu pela greve por tempo indeterminado em assembléia realizada na noite de ontem, após sete rodadas de negociação com os banqueiros. Enquanto os bancários reivindicam aumento real de 7,05%, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), ofereceu, até a mais recente rodada de negociação, reajuste de 2,85%.

Conforme destacou hoje a assessoria de imprensa da federação, não foi feito nenhum balanço da greve por parte da entidade, tampouco foi adotado um posicionamento sobre o assunto. A Fenaban destaca, entretanto, que não recebeu comunicado oficial dos trabalhadores, em relação à proposta de 2,85%, apresentada na terça-feira.

A entidade recomenda aos usuários que, além dos serviços via internet, telefone e caixas eletrônicos, adotem canais alternativos para, por exemplo, o pagamento de contas, como as casas lotéricas, farmácias e supermercados que costumam oferecer este tipo de serviço.

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De acordo com o presidente da Contraf, Vagner Freitas, a greve é uma "resposta à intransigência" dos bancos nas negociações. "Não fecharemos acordo sem aumento real de salário e melhora na participação nos lucros e resultados. O setor que tem a maior lucratividade do País tem de reconhecer o esforço de seus funcionários", afirmou, em comunicado à imprensa.

Segundo o mais recente balanço divulgado pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, mais de 39 mil bancários permaneceram parados em 517 locais de trabalho na região de abrangência do sindicato, entre agências e centros administrativos. Até as 16h30, os trabalhadores estavam em greve em 91 locais parados na região central da capital paulista, 45 na região da Avenida Paulista, 145 na zona leste, 74 na zona oeste, 43 na zona sul, 50 na zona norte e 69 na região de Osasco.

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Em São Paulo, Osasco e nos 15 municípios da região de Osasco, há cerca de três mil locais de trabalho e 106 mil bancários. O sindicato destacou que novos números poderão ser divulgados após uma passeata, com início agendado para as 17 horas, pelas ruas da região central de São Paulo, saindo da esquina da Rua Líbero Badaró com a Avenida São João.