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Foto: Arquivo/O Estado

Percentual brasileiro, que era de 6% há uma década, cresceu uma vez e meia no período.

A capacidade de armazenagem estática – armazéns, silos e outros depósitos – nas propriedades rurais@ corresponderá a 15% da safra brasileira de grãos em 2006/2007, de acordo com a estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Apesar de ser bem menor do que a capacidade de estocagem da Argentina, que armazena no campo 40% de uma safra, o percentual brasileiro, que era de 6% há uma década, cresceu uma vez e meia no período.

?É uma tranqüilidade a mais para o setor produtivo esse aumento da capacidade de armazenagem nas fazendas, pois o agricultor tem melhores oportunidades de negociar sua safra no momento correto?, afirmou Pedro Sérgio Beskow, da Conab.

Além do armazenamento nas fazendas, 47% da safra brasileira, estimada em 120,6 milhões de toneladas, poderia ser estocada em estruturas urbanas, 32% em depósitos nas zonas rurais que não são as fazendas e 6% em portos. A Conab prevê ainda que apenas 5% da capacidade de armazenamento está nas mãos do governo, 21% nas cooperativas e 74% pelo setor privado. ?Apesar do avanço, o setor cooperativista ainda irá armazenar 40% de sua produção fora?, afirmou Beskow.

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Em todo o Brasil, a capacidade de armazenamento estático prevista pela Conab é de 121,3 milhões de toneladas, apenas 0,6% superior às 120,6 milhões de toneladas previstas. A região sudeste é capaz de estocar 24,82% mais do que produzirá na safra 2006/2007, de acordo com a Conab. A produção prevista de grãos na região é de 15,95 milhões de toneladas e a estocagem é capaz de receber 19,91 milhões de toneladas.

Os dados mostram que há uma má distribuição entre produção e armazenamento no país. O norte, que deve produzir 13,6 milhões de toneladas de grãos, consegue armazenar apenas 2,27 milhões com a atual estrutura estática, ou seja, 66,91% menos. Já no nordeste, a capacidade de estocagem é para 6,75 milhões de toneladas de grãos, 33,56% menor do que a produção estimada em 10,16 milhões de toneladas.

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Nas maiores regiões produtoras de grãos do país, o sul e o centro-oeste, a produção é ajustada à estocagem. O sul, que deve produzir 50,85 milhões de toneladas de grãos em 2006/2007, tem estrutura para estocar 50,39 milhões de toneladas, um déficit de 0,9%. Já o centro-oeste, com previsão de produção de 40 milhões de toneladas em 2006/2007, tem capacidade estática de armazenamento de 41,97 milhões de toneladas, ou 4,9% a mais.

O cenário poderia ser pior, de acordo com o ministro da Agricultura, Luís Carlos Guedes Pinto. Ele lembra que nos últimos quatro anos o número de armazéns do governo federal saltou de 33 para 100, o que triplicou a capacidade de estocagem pública de grãos. ?Além disso, há linhas de financiamento para o setor privado investir em estocagem dentro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)?, afirmou.