O conceito é claro: trabalhar sem endereço fixo, viajando pelo mundo. Há anos já falamos sobre bleisure, workation e nomadismo digital, e como cada uma dessas modalidades de viagem podem unir o útil ao agradável. Mas, afinal, será que dá mesmo para reunir o melhor dos dois mundos e viajar trabalhando (ou trabalhar viajando)?
Segundo relatório da Fragomen, empresa especializada em imigração, não só é possível, como também é uma tendência crescente. Dados globais apontam que, em 2022, 35 milhões de pessoas já se consideravam nômades digitais. Além disso, o mesmo documento indica que, até 2035, o número de adeptos ao modelo deve chegar a 1 bilhão.
A que se deve isso? Muito à chamada “revolução do trabalho” da última década. E, em especial, à onda de trabalho remoto que fez o número de trabalhadores freelancer e autônomos crescer desde 2020, em razão da pandemia, favorecendo essa liberdade de se trabalhar em qualquer lugar do mundo – desde que se tenha uma conexão de internet.
O nomadismo digital tem impactos diretos não só na economia e nos modelos de trabalho, em que carreiras como criador de conteúdo, desenvolvedor de software e design vêm despontando, e no mercado imobiliário, mas também nas tendências de turismo.
Trabalho remoto na Itália
E cada vez mais, os destinos estão se preparando para receber esse tipo de viajante e até oferecendo incentivos como tributação diferenciada e vistos facilitadores. É o caso da Itália, por exemplo, que lançou um visto especial para profissionais remotos.
A legislação estabelece que, para se qualificar ao visto, o solicitante precisa estar engajado em uma atividade profissional de alto nível, empregando ferramentas tecnológicas que viabilizam o trabalho remoto. A nova possibilidade está aberta tanto para autônomos quanto para colaboradores ou empregados de empresas não residentes na Itália e, para obter o visto, os candidatos devem cumprir critérios financeiros e acadêmicos específicos.
É necessário que o solicitante apresente um salário anual mínimo de € 28.000, que pode provir de diversas fontes de renda, não restritas ao trabalho remoto. Além disso, o candidato deve possuir um diploma universitário com duração mínima de três anos, uma licença profissional válida para sua área de atuação ou documentação que comprove experiência significativa no campo de trabalho. A experiência profissional relevante de pelo menos seis meses também é requerida.
Países mais indicados para os nômades digitais
Esse fato, porém, ainda não serviu para colocar o País da Bota e seus belos destinos como Roma, Milão, Nápoles e Florença em destaque entre os lugares mais indicados para os nômades digitais viajarem em 2024. Isso segundo a lista do Digital Nomad Visa Index, um sistema de classificação organizado pelo VisaGuide.World que avalia e classifica os países com base na sua adequação para o nomadismo. O índice considera vários fatores críticos para trabalhadores remotos que viajam e vivem em diferentes países, como taxas, velocidade de internet e custo de vida.
Confira os principais destinos ranqueados na última edição:
1. Espanha
A Espanha ocupa uma posição de destaque entre os melhores países para nômades digitais em 2024, oferecendo uma combinação atraente de opções urbanas e naturais. Cidades como Barcelona permitem a experiência de um ambiente metropolitano com acesso à praia, enquanto o País Basco apresenta cenários mais rústicos e naturais. Para os europeus, a mobilidade para a Espanha é facilitada pela ausência de exigências burocráticas significativas.
No entanto, cidadãos de fora da UE precisam demonstrar uma renda mínima mensal de 2.140 euros para se qualificar para o visto de nômade digital, introduzido em janeiro de 2023 sob a Lei das Startups. Esta lei visa fomentar o empreendedorismo e atrair investimentos estrangeiros, facilitando também a migração de talentos internacionais.
O visto de nômade digital é acessível a cidadãos de países não pertencentes à UE/EEE, incluindo Estados Unidos, titulares de Green Card, e cidadãos da Austrália, Nova Zelândia e Canadá, desde que cumpram certos requisitos. É necessário, ainda, que o aplicante tenha trabalhado remotamente por ao menos um ano para empresas fora da Espanha, possua seguro de saúde com cobertura completa no país e não tenha residido no país nos últimos cinco anos. Adicionalmente, os solicitantes devem comprovar uma renda mínima de 2.140 euros por mês.
2. Argentina
A Argentina vem se consolidando como um destino proeminente para nômades digitais, destacando-se pelo seu apelo natural notável, em destinos como a Patagônia, e pelas condições favoráveis proporcionadas pelo seu visto de nômade digital. Lançado em 21 de maio de 2022, este documento é especialmente atrativo, pois isenta os titulares de impostos durante sua validade e é ideal para aqueles que desejam trabalhar remotamente para empresas fora do país, aproveitando a oportunidade para experienciar a cultura local.
No ranking VisaGuide.World Digital Nomad Index, os hermanos ocupam o segundo lugar com uma pontuação de 3,78, refletindo suas condições vantajosas para o nomadismo. O custo de vida no país é o mais baixo entre os 11 primeiros classificados, oferecendo uma excelente relação custo-benefício, apesar da notável instabilidade econômica.
Visto de nômade digital
O visto de nômade digital argentino permite estadias de até três anos, embora este período ainda não tenha sido oficialmente confirmado e possa variar conforme a necessidade de recuperação econômica pós-pandemia. Para se qualificar para o programa, os candidatos devem possuir um passaporte válido por pelo menos seis meses após a estadia planejada, comprovar uma renda mínima substancial, e apresentar um contrato de aluguel, verificação de antecedentes, seguro saúde válido na Argentina e certificações que validem suas habilidades profissionais e acadêmicas.
Importante destacar que o visto de nômade digital não permite emprego em empresas argentinas; quem desejar trabalhar localmente deve solicitar um visto de trabalho específico. Assim, a Argentina não apenas oferece um refúgio natural deslumbrante, mas também um ambiente regulatório favorável para nômades digitais que procuram combinar trabalho e lazer em um contexto culturalmente rico e economicamente acessível.
3. Romênia
A Romênia oferece um cenário vibrante e acolhedor para nômades digitais, destacando-se por sua rápida conectividade à internet e uma política de isenção de impostos para aqueles com residência fiscal em outros países. Em dezembro de 2023, o país se posicionou como o terceiro melhor destino no ranking Digital Nomad Index, alcançando uma pontuação de 3,74, graças à sua combinação de baixo custo de vida e alta qualidade de infraestrutura digital.
O visto de nômade digital do país foi oficialmente lançado em dezembro de 2021 como uma estratégia para revitalizar a economia pós-COVID-19, atraindo mais de 2 mil viajantes nesta modalidade anualmente. Este visto facilita a residência temporária para cidadãos não pertencentes à UE que desejam trabalhar remotamente enquanto exploram a rica cultura e as paisagens romenas.
Como solicitar o visto de nômade digital romeno?
A aplicação para o visto pode ser feita por meio das embaixadas romenas ou online, através do site do Ministério das Relações Exteriores, com um processo que leva entre dez e catorze dias para ser concluído. Entre os documentos necessários, estão um passaporte válido, comprovante de acomodação, seguro saúde adequado e um itinerário de viagem. Adicionalmente, os candidatos devem apresentar uma certidão de antecedentes criminais limpos, prova de emprego por pelo menos três anos fora da Romênia, comprovação de renda três vezes superior ao salário médio romeno e documentação que ateste sua situação fiscal.
Vantagens de residir no território europeu
O destino não apenas isenta os nômades digitais de impostos, mas também oferece a internet mais rápida da região, com uma média de 260,97 Mbps para conexões fixas, e 61,70 Mbps para móveis. A estrutura de custo de vida é extremamente atrativa; por exemplo, o custo médio mensal para uma pessoa solteira é de aproximadamente 489,34 euros, e o aluguel de um apartamento no centro da cidade começa em torno de 349,99 euros.
4. Emirados Árabes
Os Emirados Árabes Unidos, especificamente Dubai, oferecem condições excepcionais para nômades digitais, por meio do programa “Trabalhar remotamente de Dubai”, lançado em março de 2021. O projeto permite que trabalhadores remotos residam no destino por um ano enquanto mantêm seus empregos em seus países de origem. Dubai, um dos principais centros de turismo e negócios global, proporciona uma infraestrutura digital de ponta, evidenciada por sua classificação no topo do índice Digital Quality of Life (DQL).
Além disso, os nômades digitais na cidade beneficiam-se de um ambiente de vida seguro, oportunidades extensivas de networking global e ausência de impostos sobre o rendimento, ganhos de capital e outros tributos locais, o que é um incentivo significativo, especialmente para quem funda startups ou possui empresas. O custo para aderir ao programa é de US$ 287, além de seguros e taxas de processamento aplicáveis.
Documentos necessários para se tornar um nômade digital no país
Para se qualificar, os candidatos precisam de um passaporte válido por pelo menos seis meses, seguro de saúde válido nos Emirados Árabes Unidos e prova de emprego ou propriedade de empresa que garanta um salário ou rendimento mensal mínimo de US$ 5.000. Os proprietários de empresas devem também apresentar comprovantes de propriedade da empresa e extratos bancários dos últimos três meses.
Custo-benefício
O estilo de vida em Dubai inclui acesso a um sistema de saúde de alta qualidade, uma vasta seleção de acomodações e espaços de coworking de qualidade, e uma conexão à internet extremamente rápida, com velocidades médias de 256,04 Mbps para internet fixa e 273,87 Mbps para móvel. Isso garante que não haverá dificuldades com atividades que exigem alta largura de banda, como chamadas de vídeo e streaming. No último ranking do VisaGuide.World Digital Nomad Index, os Emirados Árabes Unidos, com uma pontuação de 3,65, destacam-se como um destino atraente para nômades digitais, equilibrando custo e benefício, mesmo considerando o alto custo de vida.
5. Croácia
A Croácia se posiciona como um dos destinos favoritos para nômades digitais, capturando a imaginação de muitos com suas paisagens encantadoras e tranquilidade, característica de uma vila piscatória como Rovinj. O país mediterrâneo oferece uma combinação atraente de baixo custo de vida e um sistema de saúde acessível, ideal para quem busca um refúgio sereno sem sacrificar a qualidade de vida. Em dezembro de 2023, a Croácia ocupava o quinto lugar no Digital Nomad Index, com uma pontuação de 3,62.
O visto de nômade digital do país, formalmente conhecido como uma autorização de residência temporária para freelancers, foi lançado em janeiro de 2021. A ideia surgiu de uma proposta de Jan de Jong, um empresário holandês que percebeu o potencial de atrair nômades digitais para ajudar a revitalizar a economia croata após a pandemia. Por enquanto, este visto é válido por um ano e não é prorrogável, mas pode ser solicitado novamente após um intervalo de seis meses desde a expiração do visto anterior.
Exigências para se qualificar como nômade digital
Para se qualificar para o programa croata de nômade digital, os candidatos devem ser cidadãos de países fora da UE, demonstrar um rendimento mensal estável de aproximadamente 2.539,31 euros e confirmar que são freelancers ou empresários fora do mercado de trabalho croata. O processo de aplicação envolve a apresentação de um formulário, um passaporte válido, comprovantes de renda, um plano de saúde que cubra toda a estadia, um itinerário de visita claro e antecedentes criminais limpos.
Atrativos do trabalho na Croácia
Além dos aspectos práticos, a Croácia oferece vários benefícios significativos para nômades digitais, como a isenção de dupla tributação, permitindo que os titulares do visto evitem pagar impostos adicionais no destino se não trabalharem para um empregador croata.
Outro atrativo é a possibilidade de eventualmente adquirir a cidadania croata após cinco anos de residência, abrindo o caminho para uma integração mais profunda no país. Embora a Croácia não ofereça a internet mais rápida do mundo, com uma velocidade média de 109,27 Mbps, isso é geralmente compensado pelo estilo de vida relaxado e o acesso a belas paisagens naturais e urbanas.
6. Portugal
Portugal consolida sua posição como um destino atraente para nômades digitais, destacando-se especialmente por cidades como Lisboa e Porto. Na capital, o ambiente é extremamente convidativo para esses profissionais, com uma abundância de espaços de coworking distribuídos por vários bairros e cafés da moda frequentemente ocupados por trabalhadores remotos.
A cidade, conhecida por sua alta velocidade de internet e infraestrutura amigável para nômades, tem facilitado a integração destes profissionais em seu cenário urbano. Porto, por sua vez, tem sido um polo para start-ups e nômades digitais, superando destinos tradicionais como Espanha em termos de acolhimento e oportunidades para o trabalho remoto.
O país oferece várias modalidades de vistos para nômades digitais, incluindo o Visto de Estada Temporária, que permite a residência por um ano, e o Visto de Residência de Longa Duração, que pode ser estendido para até dois anos com possibilidade de renovação. Os nômades digitais que escolhem Portugal podem usufruir de uma taxa de imposto reduzida de 15%, substancialmente menor do que a taxa padrão de 48%.
Ilha da madeira
A Ilha da Madeira também é destaque no cenário global como um dos principais destinos para nômades digitais. O projeto-piloto Digital Nomads Madeira Islands, em vigor desde novembro de 2020, foi implementado pelo Governo Regional da Madeira em parceria com a Startup Madeira e o consultor Gonçalo Hall. O objetivo é atrair nômades digitais e trabalhadores remotos, aproveitando um mercado em expansão para posicionar a Madeira e Porto Santo como pioneiros neste setor.
Vila de Ponta do Sol
A vila de Ponta do Sol foi selecionada para implementar o conceito de Nomad Village, visando estudar as demandas dos nômades digitais e adaptar serviços locais para melhor atender a esse público. O lugar não só oferece um ambiente tranquilo e conectado, ideal para quem busca equilíbrio entre trabalho e natureza, como também dispõe de um espaço de trabalho no Centro Cultural John dos Passos que permanece ativo, promovendo a integração com a comunidade local e facilitando o acesso à cultura madeirense.
Desde a sua concepção, o projeto já registrou 18.535 inscrições de nômades digitais de 140 países, com 1.362 vindos do Brasil. Adicionalmente, o sucesso do projeto na Ponta do Sol incentivou a expansão para outras localidades da Madeira. Espaços como Cowork Funchal e Sangha Cowork, bem como comunidades como Remote East Coasters em Machico e Madeira Friends International Community em Funchal, são exemplos dessa expansão.
7. Uruguai
O Uruguai, conhecido por seus impressionantes pores do sol e uma qualidade de vida atraente, é um destino intrigante para nômades digitais, especialmente aqueles que buscam alternativas à agitada Argentina an América do Sul. No último ranking, o país ocupava a sétima posição no VisaGuide.World Digital Nomad Index, com uma pontuação de 3,55.
Apesar de o custo de vida não ser tão baixo quanto em outros lugares como a Romênia, o destino se destaca por não exigir uma renda mínima para conceder o visto de nômade digital, tornando-o acessível para uma gama mais ampla de interessados.
Oferecendo o Visto Nômade Digital, o Uruguai permite que trabalhadores remotos residam no país enquanto trabalham para empresas de fora ou como freelancers independentes. O visto, válido por até 180 dias, é ideal para quem deseja experimentar viver na América do Sul sem um compromisso de longo prazo.
Processo de aplicação para o visto
O processo de aplicação para o Visto Nômade Digital Uruguaio é totalmente online, facilitando a inscrição de qualquer parte do mundo. Uma vez aprovado, o documento é enviado diretamente para o e-mail do solicitante. Para se qualificar, é necessário possuir um passaporte válido, provar a capacidade financeira de se manter durante a estadia, e ter um histórico criminal limpo. Adicionalmente, um certificado de vacinação é necessário, mostrando um compromisso com a saúde pública.
Para aplicar, os interessados devem acessar o site oficial do governo do Uruguai, criar uma identificação digital e preencher o formulário de solicitação. É necessário anexar uma foto do passaporte, uma declaração de meios financeiros, e outros documentos relevantes online. Uma vez no país, os pagamentos relacionados à aplicação do visto devem ser concluídos localmente, uma vez que não são aceitas contas bancárias estrangeiras para o pagamento da taxa de inscrição.
8. Malta
Malta, situada no coração do Mediterrâneo, atrai os adeptos do nomadismo digital com sua combinação encantadora de clima ameno, rica história e uma vibrante vida insular. Não à toa, a ilha alcançou a 8ª posição no VisaGuide.World Digital Nomad Index, com uma pontuação de 3,47, destacando-se como um destino desejável para quem busca um equilíbrio entre trabalho e lazer.
O visto de nômade digital do país é direcionado a viajantes que tenham uma renda mensal de pelo menos 2.700 euros e que trabalhem remotamente para empresas registradas fora de Malta. Este visto também permite que freelancers ou consultores que possuam contratos com clientes de fora solicitem a residência temporária. Além disso, é possível levar membros da família, incluindo cônjuges e filhos dependentes.
Benefícios do país para trabalhadores remotos
Entre os benefícios de optar por Malta como base para o trabalho remoto, destacam-se o amplo uso do inglês, facilitando a comunicação; a proximidade com outras regiões europeias, norte da África e Oriente Médio, graças aos muitos voos low cost; e um ambiente acolhedor com cidadãos amigáveis. Ou seja, o destino não só oferece uma paisagem deslumbrante com suas praias e vida café-bar vibrante, mas também proporciona um clima ideal para aproveitar o ar livre.
Em termos de conectividade, Malta está bem equipada com acesso ao 5G, e a velocidade média da internet é de 188,55 Mbps, adequada para a maioria das necessidades profissionais online. Para nômades digitais, um grande atrativo é a política fiscal vantajosa: não há necessidade de pagar impostos locais sobre renda obtida fora de Malta, mesmo residindo no país por mais de 183 dias ao ano, desde que a residência fiscal permaneça em outro país.
Documentos para solicitar o visto
Os documentos necessários para o visto incluem passaporte válido, formulários específicos de aplicação para o visto e para membros da família, carta de apresentação detalhando os planos em Malta, contrato de trabalho ou provas de contratos de freelance, CV atualizado, comprovante de relacionamento para familiares que acompanham, comprovante de acomodação, extratos bancários recentes e seguro saúde válido.
9. Noruega
A Noruega, especificamente a região de Svalbard, apresenta um destino singular para nômades digitais, combinando paisagens arrebatadoras e uma infraestrutura digital robusta que se estende mesmo nas localidades mais remotas. Por isso, Svalbard ocupou o nono lugar no VisaGuide.World Digital Nomad Index, com uma pontuação de 3,25, destacando-se por sua oferta única de um visto de nômade digital sem limite de duração.
Embora a Noruega seja um dos países mais caros da Europa, os benefícios como cuidados de saúde de alta qualidade, comparáveis apenas aos da Espanha, e uma excelente conectividade à internet, fazem dela um lugar atraente para se viver. A possibilidade de testemunhar fenômenos naturais como a aurora boreal adiciona um apelo incrível para quem decide fazer do lugar sua residência temporária.
Visto com condições únicas
O visto de nômade digital de Svalbard é particularmente único, pois não especifica uma duração máxima de estadia, oferecendo a possibilidade de uma residência prolongada ou até vitalícia na região. Este programa é destinado a freelancers e profissionais remotos como programadores, desenvolvedores, especialistas em marketing digital, representantes de suporte ao cliente, professores de idiomas online e escritores de SEO, entre outros.
Para solicitar este visto, os candidatos devem apresentar uma série de documentos, incluindo passaporte válido, formulário de solicitação preenchido, fotos tipo passaporte, comprovante de residência em Svalbard, documentação educacional, comprovantes de renda estável no valor de cerca de 2.977 euros por mês, seguro saúde válido na Noruega e um currículo detalhado.
É importante notar que, embora o visto permita uma estadia prolongada, ele vem com uma taxa de imposto de 22%, uma consideração importante para quem planeja morar na Noruega por longos períodos. O processo de aplicação pode variar em duração, dependendo de onde o pedido é feito, variando de duas semanas dentro do território norueguês a cerca de um mês para solicitações feitas de países não pertencentes à UE. Esta variação deve-se principalmente à verificação detalhada dos documentos submetidos.
10. Andorra
Andorra, encravada entre a França e a Espanha, e ladeada pelas majestosas montanhas dos Pirenéus, é uma joia do turismo europeu e o décimo destino no VisaGuide.World Digital Nomad Index de dezembro de 2023, com uma pontuação de 3,20. Este pequeno estado oferece aos viajantes desta modalidade uma combinação atraente de natureza exuberante, ar puro e uma conexão de internet estável, com uma velocidade média de 170,11 Mbps para banda larga e fibra.
Ser um nômade digital em Andorra é sinônimo de segurança e tranquilidade. Afinal, o país é um dos mais seguros do mundo, com uma baixa taxa de criminalidade, o que proporciona um ambiente calmo e seguro para se trabalhar remotamente. Além disso, os amantes da gastronomia podem explorar a culinária andorrana, que oferece uma deliciosa fusão de influências catalãs, espanholas e francesas.
Formalização do visto
Embora o visto de nômade digital para Andorra ainda não esteja formalizado, os interessados podem começar a preparar a documentação necessária. A aplicação online está prevista para ser uma opção assim que o processo oficial for estabelecido.
Os documentos necessários incluem um passaporte válido por pelo menos seis meses após a data de saída do país, comprovante de voos de ida e volta, prova de atividade como nômade digital através de contratos de trabalho ou certificado de registro comercial, seguro de saúde válido para Andorra e prova de fundos suficientes para a estadia. Por enquanto, não há detalhes sobre a duração do visto de nômade digital no país.
Por Eliria Buso – revista Qual Viagem