Com o violinista e maestro Pinchas Zukerman à frente da Osesp, será aberto no sábado o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão. Mais tradicional evento pedagógico da América Latina, ele será realizado até o dia 23 e vai ter apresentações em diversas cidades do interior – principal novidade de uma edição mais enxuta.

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Com relação ao ano passado, o festival diminuiu – ao menos nos números. O orçamento total é de R$ 5,5 milhões, R$ 1 milhão a menos. Serão 55 concertos, ante 83 em 2010, realizados ao longo de 20 dias (no ano passado foram 29). Para o diretor artístico e pedagógico Paulo Zuben, no entanto, não há evidências de retrocesso – ou estagnação.

“As propostas artísticas continuam a se desenvolver”, diz. “A introdução da música barroca e da produção contemporânea, por exemplo, se mantém, com mais concertos e master classes e a presença de grupos importantes, como o Quarteto Arditti, que não apenas se apresentará como dará aulas e vai interpretar obras de alunos de composição do festival. A ópera também está de volta, com A Flauta Mágica, de Mozart. Pela primeira vez teremos uma orquestra internacional, a Sinfônica do Porto, ao lado dos nossos principais conjuntos, com a Filarmônica de Minas Gerais e a Petrobras Sinfônica”, afirma.

A programação de Campos se equilibra entre a função pedagógica e a apresentação de grandes estrelas do cenário musical. Para Zuben, esses elementos precisam dialogar. “O festival permite trazer ao Brasil músicos importantes e é fundamental que eles atuem como professores, orientando os alunos. Na última semana, por exemplo, o maestro Frank Shipway esteve por aqui preparando um programa com a Sinfônica Jovem do Estado. É uma oportunidade única.”

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Zuben ressalta ainda dois eixos fundamentais na programação. O primeiro é a atividade da orquestra de alunos do festival. O segundo é o desenvolvimento da prática de música de câmara. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Destaques

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Dia 3

Orquestra Jovem do Estado, com regência de Frank Shipway e obras de Tchaikovski (Auditório Claudio Santoro, 11 h). Orquestra Experimental de Repertório, com Jamil Maluf (Auditório, 18 h)

Dia 5

Mozart Piano Quartet, com obras de Mozart, Brahms e Martinu (Masp, 20h30)

Dia 7

Webern e Beethoven com o Quarteto da Cidade (Igreja São Benedito, 15h30; e obras de Villa-Lobos e Stravinski com os professores do festival (Auditório, 21 h)

Dia 10

Cristina Ortiz sola o Concerto nº 2 de Rachmaninoff com a Sinfônica Municipal (Auditório, 18 h)

Dia 12

Pierrot Lunaire, de Schoenberg, com o Het Collectief (Masp, 20h30; repetição em Campos, no dia 13, às 21 h)

Dia 14

Quarteto Arditti, com obras contemporâneas (Auditório, 21 horas; repetição no Masp, no dia 15, às 20h30)

Dia 15

Orquestra Petrobras Sinfônica com Antonio Meneses e o Concerto de Dvorak (Auditório, 21 h)

Dia 16

Filarmônica de Minas Gerais, com a soprano Adriane Queiroz e o maestro Fabio Mechetti)

Dia 17

Orquestra do Festival, com regência de Claudio Cruz, solos do pianista José Feghali e obras de Almeida Prado, Beethoven e Villa-Lobos (Auditório, 18 h; repetição em Piracicaba (dia 19), Jundiaí (dia 20), Santos (dia 22), Santo André (dia 23) e na Sala São Paulo (dia 24)