Ziraldo elogia filme de diretor paranaense

Misturar filme, animação (utilizando o que há de mais moderno em tecnologia) e um roteiro educativo.

Esse é o resultado do trabalho O menino quadradinho, do diretor paranaense Diego Lopes, que já foi exibido em festivais em Curitiba, Rio de Janeiro e agora está sendo veiculado na Mostra de Tiradentes, Minas Gerais, até hoje.

Baseado em uma obra do cartunista e escritor Ziraldo, o filme fala sobre um menino que estava preso a uma história em quadrinhos e que passa para o mundo real.

“Sempre fui fã do autor e quando li esse trabalho imaginei que daria um bom filme. Entrei em contato com o Ziraldo, que apoiou a idéia e deu 100% de liberdade criativa. Ele não impôs nenhuma condição, só pediu para ver o filme e, felizmente, ele adorou”, revela Lopes.

Para realizar essa empreitada, o diretor conta que ganhou um prêmio em dinheiro do Ministério da Cultura. “Essa verba ajudou bastante, mas acredito que as pessoas que apostaram nesse projeto é que foram fundamentais para realiza-lo. Pude me cercar de muita gente competente, como o pessoal da Digital Spirit Animation (responsável pela animação) até os atores”, conta.

Lopes conta que o curta foi rodado todo em fundo verde (cromaqui). “O material tem atores e personagens digitais. Fizemos todo um trabalho minucioso para recriar, com qualidade, os traços do Ziraldo, que é bem peculiar. O resultado obtido não fica devendo às produções estrangeiras”, garante.

Lopes diz que futuramente quer distribuir o curta-metragem para as escolas municipais de Curitiba. “Encaro isso como uma responsabilidade social. Acabando esse ciclo de festivais, vamos distribuir para as escolas, porque acredito que ele será útil para o desenvolvimento escolar das crianças. Ainda estou em busca de uma parceria para distribuir também nas escolas privadas”, encerra.

MeMostra!

O festival MeMostra! Filmes Independentes, que aconteceu ontem no Sesc da Esquina, teve dois curtas metragens de ação produzidos também por cineastas paranaenses.

Em Sol negro – a morte de Bill, o diretor Rafael Oliveira fez um trabalho inspirado no cineasta Quentin Tarantino (Pulp Fiction e Kill Bill) e em ícones pops, como Star Wars e Smallville. “Fiz esse curta como portfólio.

O gasto não ultrapassou R$ 300. Contei com a ajuda de muita gente, desde atores até o pessoal que cedeu câmera e aparelhos de iluminação. Foi um trabalho que consumiu pelo menos uns cinco meses”, revela Oliveira.

Outro filme da noite, Galaxão, de Fernando Coelho, mostra dois sujeitos barra pesada que circulam em um galaxie por Curitiba a fim de realizar um serviço. “O filme é bem simples. Fiquei filmando no banco de trás do automóvel os personagens que estão na história.

Praticamente não tive gastos com ele e o trabalho ficou bem descontraído e antenado com a linguagem atual. Ele foi realizado em 2007, mas só agora ele será exibido em Curitiba em uma tela de cinema”, encerra Coelho.

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