Em apresentação única no Guairão, Zélia Duncan vem comemorar hoje em Curitiba seus 25 anos de carreira com o show do CD Pré pós tudo bossa band. Esse disco é o oitavo da carreira da cantora e pode se dizer que o mais eclético e aberto de todos, onde mostra uma fusão de gêneros, estilos e épocas.
Muito aplaudido pela crítica, o CD foi considerado um dos melhores trabalhos de Zélia Duncan. ?Fiz questão de imprimir essas diferenças no disco porque é como eu vivo, sempre passando por fases diferentes?, diz. Em Pré pós tudo bossa band encontram-se as tendências mais vivas que procedem do rock, do samba, do country, da bossa, do blues, do som marginal e do mundo pop, todas aprimorando o ?modo de dizer? sentimentos que é, no fundo, a razão de ser das canções. Essa vibração está inteiramente registrada neste novo disco. Desde o título, Pré pós tudo bossa-band, que aposta na fricção dos gêneros, dos estilos e das épocas, até os pequenos sinais de delicadeza presentes nas melodias e letras passionais, tudo nesse trabalho parece verter de uma fonte musical inesgotável, já plenamente associada à voz grave e segura da cantora. ?Decidi fazer uma brincadeira com o nome do CD. É que as pessoas andam muito preocupadas em serem bacanas. Tem gente que lança um CD com um nome incrível, mas canta sempre a mesma coisa, sem novidades, e isso cansa um pouco?, comenta a cantora. Zélia explica melhor isso na canção que leva o mesmo nome do CD, e que é assinada por ela e Lenine. Eles fazem um comentário irônico dos clichês narcisistas da nossa época (?Todo mundo quer ser da hora/ tem gente sambando com o ego de fora?), que se convertem em modelos de atitudes para diversos tribos da moda. Além de Lenine, o disco conta com a ajuda de mais de 30 músicos diferentes, entre eles Lulu Santos, Mosca, Pedro Luis, Mart?nália e até Guerra Peixe. Isso sem contar suas colaborações já consagradas com Lucina e Christian, que continuam rendendo bons frutos. ?Na hora de selecionar as canções para colocar no CD não consegui abrir mão de nenhuma delas, são todas lindas e únicas. O show está muito divertido, vou cantar todo o repertório do disco e alguns antigos sucessos. Espero que as pessoas gostem?, conta Zélia, que fez questão de dizer, ?sem querer puxar o saco?, que o seu último show em Curitiba foi muito especial. A banda, montada especialmente para este show, é formada por Ézio Filho (direção musical e baixo), Fábio Luna (bateria e flauta), Léo Brandão (teclado e acordeom), Webster Santos (violão, guitarra, cavaco e bandolim) e Jadna Zimmermman (percussão e flauta) Em meio a tudo isso, surgem ainda quatro obras-primas de Itamar Assumpção, uma parceria com C. Oyens (Vivi não vivi), outra com Paulo Leminski (Dor elegante) e as demais com Alice Ruiz (Tudo ou nada e Milágrimas). Em 25 anos de carreira, Zélia Duncan afirma: ?O grande mistério de você se manter sempre interessante para o público, é você se manter interessante para você mesmo, tendo sempre esse prazer de subir no palco e de cantar e produzir coisas novas e interessantes?.
Serviço:
Show Zélia Duncan, hoje, às 21h, Local: Guairão (Praça Santos Andrade, s/n.º).
Ingresso: R$ 100,00 (platéia), R$ 80,00 (1.º balcão) e R$ 60,00 (2.º balcão).
