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Bob Dylan foi descoberto pelo paraibano no periodo da contraditadura. |
Um dos muitos compositores que fizeram a trilha sonora da juventude de Zé Ramalho – e ajudaram a ampliar sua formação musical -, o americano Bob Dylan foi descoberto pelo paraibano no período da contracultura, no fim da década de 60. Ao ouvir um disco com vários sucessos de Dylan, lhe chamou atenção, em particular, seu jeito de cantar e as longas letras de suas músicas, de cunho político, social e lisérgico.
Passados anos tendo Dylan como compositor de cabeceira, Ramalho presta agora reverência a ele no CD e DVD Zé Ramalho Canta Bob Dylan – Tá Tudo Mudando (EMI). Neste show, além do novo trabalho, fazem parte do setlist canções que marcaram sua carreira, como Avôhai, Admirável Gado Novo, Frevo Mulher, Galope Rasante e Chão de Giz.
Ramalho já havia esboçado o desejo de homenagear Bob Dylan na versão em português que escreveu para Knockin´ on Heaven´s Door, na década de 90. Naquela época, ele estava gravando ’20 Anos – Antologia Acústica’ enquanto rodava o Brasil, apresentando-se ao lado de Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo no projeto O Grande Encontro.
Por quase dois anos, Zé Ramalho encarou o desafio de versionar para o português canções de Dylan, mantendo-se, o máximo possível, fiel ao material original. O que poderia ser uma cilada, ainda mais se tratando de um compositor de estilo tão irreproduzível como o de Dylan. Nele, o músico paraibano apresenta versões em português das emblemáticas Blowin´ in the Wind, Like a Rolling Stone, Man Gave Names to All the Animals e outros sucessos de Dylan, como sua versão para Things have changed, nome do disco, que também ganhou um formato em DVD.
O cantor de 59 anos cria 11 versões para clássicos do mestre norte-americano. Dez músicas são cantadas em português, e uma é mantida na língua do homenageado. Em seu novo álbum, o 22º da carreira, Zé Ramalho mistura as influências que o embalaram nos 30 anos de estrada. O álbum também tem versões mais antigas, como Batendo na porta do céu e O amanhã é distante, famosa na voz do amigo Geraldo Azevedo.
Dono de obra autoral, Ramalho não assina todas as versões de Tá Tudo Mudando. A faixa-título, por exemplo, é da lavra de Gabriel Moura (compositor carioca identificado com o universo do samba) e Maurício Baia. Baia é colaborador também da versão de Tombstone Blues, que se transformou no Rock Feelin’good. De Caetano Veloso, Ramalho recupera a bela Negro Amor, versão de It’s All Over Now, Baby Blue, lançada por Gal Costa em 1977 num de seus álbuns mais roqueiros, Caras e Bocas.
Produzido por Robertinho do Recife, Tá Tudo Mudando traz uma música inédita, Para Dylan, de autoria de Ramalho, e uma outra, If Not For You, cantada em inglês. O CD e DVD foram gravados nos Studios Robertinho do Recife – Pólo Rio de Cine e Vídeo, no Rio de Janeiro, no formato ao vivo, com Zé Ramalho acompanhado de sua banda no palco. Mas sem plateia, segundo o compositor, para facilitar a captação dos sons, instrumentos e vocais. Antes de lançar o disco, o aluno Zé Ramalho optou por receber o crivo do mestre. As músicas foram levadas aos Estados Unidos e aprovadas por Dylan e sua equipe.
Serviço:
Curitiba Master Hall
Rua Itajuba, 123
Portão – Curitiba
Telefone:(41) 3248-1001
Dia 19/09 – Sábado, às 21h
Preço: R$ 63 (inteira) e R$ 33 (meia)
Mesa para 5 pessoas sem ingresso: R$ 189 (borda de violão) e R$ 210 (mezanino)
Mesas frente ao palco para 4 pessoas sem ingressos: R$ 420
Camarote para 12 pessoas sem ingressos: R$ 525
Onde comprar: Quiosques Disk Ingressos e fone 3315-0808