A banda norte-americana Weezer |
Ao menos um curitibano já tem lugar garantido na primeira fila do show da cultuada banda norte-americana Weezer: Luis Prosdócimo. O sortudo desconhecido foi citado pelo baixista da banda, Scott Shriner, que falou com exclusividade ao Almanaque sobre a apresentação no Curitiba Rock Festival no próximo dia 24 de setembro. ?Se conheço alguma coisa da cidade? Tenho um grande amigo que mora aí, o Luis Prosdócimo. E estou morrendo de vontade de conhecer Curitiba??, revela o simpático Scott por telefone, de Los Angeles.
O músico entrou para o Weezer apenas em 2001, depois da saída de Mikey Welsh. E tem uma bagagem musical para lá de eclética: além de ter tocado na banda de metal Broken, chegou até mesmo a ser o baixista do rapper Vanilla Ice. ?Não sou muito fã de Beach Boys e essas bandas da Califórnia da década de 60. Mas tenho alguns interesses mútuos com o restante do Weezer.?? E sobre o show na cidade, Scott diz que o público pode esperar ?desordem e muitas boas vibrações?. Confira os melhores trechos da entrevista.
Make Believe é o segundo álbum desde que você entrou na banda. Como é a criação no Weezer? É algo democrático?
Não muito. Rivers Cuomo (o vocalista) faz praticamente tudo. A gente ajuda com alguma coisa no estúdio, na hora de criar os arranjos ou os backing vocals.
Pode-se ver alguma influência sua nesse disco?
Sim, você pode ouvir a minha voz em algumas faixas! (risos) A maior parte do groove que existe em Make Believe é culpa minha.
O álbum parece apresentar uma dicotomia: é o primeiro álbum da banda a chegar ao primeiro lugar na parada da Billbord, mas ao mesmo tempo traz canções como Beverly Hills, que fala de um desconforto com a vida de estrela. Como vocês lidam com o sucesso?
Não acho que a gente faça tanto sucesso assim. Beverly Hills é a visão de Rivers sobre a admiração, como é complicado se enquadrar nesse mundo de estrelas, que é atrativo e ao mesmo tempo parece tão pouco natural. Acho que a música é mais nesse sentido.
Então quando você caminha na rua ninguém o pára pedindo o seu autógrafo?
Não, normalmente dá para caminhar tranqüilo. Às vezes isso acontece, mas tenho a impressão de que as pessoas olham e pensam ?ei, lá vai alguém conhecido, mas não lembro quem é??.
Vocês acabaram de voltar de uma turnê pela Europa. Como foi a recepção do público para as novas músicas?
Isso varia muito. Algumas, como a própria Beverly Hills foi muito boa. Mas o público curte muito os álbuns anteriores. É engraçado ir para a Alemanha e ver que todo mundo sabe o que você está cantando.
Recentemente o vocalista do Oasis, Liam Gallangher, disse que é fã do Weezer. Esse é um sentimento mútuo?
Se é mútuo? Sim, nós do Weezer apreciamos bastante o trabalho deles. E é muito legal ter os caras do Oasis como fãs. (risos)
Falando nisso, o que você está ouvindo atualmente?
Uma banda inglesa que estará conosco na turnê americana, o Kaiser Chiefs.
E essa história sobre River Cuomo não ter feito sexo por dois anos antes da gravação do disco, é verdade?
É verdade sim. Acho até que ele continua com isso. Mas eu sempre que posso faço sexo com minha esposa!
Curitiba está ficando conhecida por trazer grandes bandas, como o Weezer e o Pixies no ano passado. Você já ouviu alguma coisa sobre a cidade?
Na verdade sim. Tenho um grande amigo que mora ai: Luis Prosdócimo. Estou curioso para conhecer a cidade.
E o que você espera desse show?
Desordem! Desordem, boas vibrações e muito barulho. Mas tudo de uma maneira caótica. (risos)