O Festival de Gramado, na noite de ontem, prestou uma homenagem a Walter Lima Jr., que subiu ao palco para receber o troféu Eduardo Abelin, por sua contribuição ao cinema brasileiro. Na noite anterior, ao receber o troféu Oscarito, o ator e diretor Reginaldo Faria usara o palco do Palácio dos Festivais para um protesto contra o dirigismo cultural que rege a distribuição de patrocínio no País. Lima Jr. foi breve e colocou o foco na sua ligação com o diretor que dá nome ao troféu que recebeu.
Garoto, em Niterói, ele viu suas primeiras sessões no cinema itinerante que o próprio Abelin levara ao Estado do Rio de Janeiro. Mais tarde, escreveu para Lauro Escorel o roteiro de Sonho Sem Fim, que tratava justamente da luta de Abelin para fazer cinema no interior do Rio Grande, quando a nova mídia ainda engatinhava (no Brasil e no mundo). O troféu marca agora seu terceiro encontro – ou ‘esbarrão’, como disse – com o pioneiro ilustre.
Antes da homenagem foi apresentado o longa colombiano Nochebuena, de Maria Camila Loboguerrero, uma espécie de “Feliz Natal” da Colômbia, mostrando a implosão de uma família aristocrática (e decadente) em plena ceia natalina. Depois da homenagem, foi apresentado o documentário “Corumbiara”, de Vincent Carelli, que dividiu a crítica. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
