A timeline de muita gente foi invadida nos últimos dias por uma enxurrada de propostas para entrar em uma espécie de pirâmide de livros infantis. A proposta é entrar com um livro e receber outros 36. De cara, a ideia parece bacana e tentadora. Mas se não quiser se frustrar, melhor fugir da proposta. Como toda pirâmide, uma hora ela vai se quebrar e alguém sairá perdendo.
Para participar, quem entra precisa mandar um livro para a criança indicada na rede e levar outras seis. Cada uma dessas deverá mandar o livro para uma outra criança que está na fila. A próxima da fila será o seu filho, que deverá receber os livros das outras seis pessoas que os seus seis amigos conseguirem arregimentar. Ou seja, seu filho vai receber livros dos amigos dos seus amigos. E você estará na lista dos amigos de amigos seus.
Por que pode dar errado?
Se um amigo resolver apenas doar o livro, mas não dar continuidade a caça por pessoas, a pirâmide começa a desmoronar. Se o amigo do seu amigo desiste de mandar o livro, mais uma vez alguém será prejudicado. O próprio convite para participar da pirâmide de livros infantis faz um alerta para que ninguém desista do combinado.
Além disso, há o perigo da divulgação de informações. A mensagem que está circulando no Facebook manda colocar dados da criança – endereço, nome e idade – na mensagem que será encaminhada pela corrente. Como a ideia é que amigos de amigos mandem livros, ninguém garante que as informações não cairão em mãos erradas.
Polêmica
No Facebook, as opiniões sobre as vantagens e desvantagens de participar da brincadeira tem gerado discussões. Algumas mães defendem a ideia como forma de incentivar a leitura de outras criança e que não esperam receber os 36 livros – o que vier é lucro. Outras alertam para o risco de informações pessoais circulando na rede e para a possibilidade de frustar crianças – que podem esperar receber vário livros, mas acabar não ganhando nada.