Virada Cultural resgata trem de Adoniran Barbosa

O trem de Adoniran Barbosa, citado na música-símbolo de São Paulo, finalmente vai sair às onze horas. Não necessariamente do Jaçanã, onde já fora demolida, em 1964, a famosa estação. Na 6.ª edição da Virada Cultural, nos dias 15 e 16 de maio, o Trem das Onze – que nunca existiu, mas acabou imortalizado pelo compositor paulista, que neste ano faria 100 anos – passará por várias estações da capital, com possível partida da zona norte.

A atração, uma proposta da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para homenagear o centenário de Adoniran, deve ser uma das principais atrações da Virada, que espera receber público superior a 3 milhões de pessoas. Na próxima semana, representantes do Estado e da Prefeitura vão se reunir para definir o trajeto do trem e em quais estações ocorrerão as paradas.

Segundo a Secretaria Municipal de Cultura, não foi definido se a atração vai durar as 24 horas ininterruptas do evento ou apenas durante a madrugada de sábado para domingo, das 23h às 11h. “A atração está em estudo ainda. Não temos outros detalhes. Já existe uma reunião marcada para discutir a proposta”, informou o governo municipal. A CPTM também confirmou o plano da homenagem dentro da Virada, mas não deu outros detalhes.

A ideia com o Trem das Onze é montar dentro de vagões da CPTM uma decoração que lembre a obra de Adoniran, também consagrado como ator e humorista do rádio paulistano na década de 50.

Museu – Embora Adoniran Barbosa morasse no bairro de Cidade Ademar, na zona sul, quando morreu, em 1982, parte de sua trajetória pode ser observada ainda hoje no Museu do Jaçanã, na zona norte. Fotos antigas, um chapéu do compositor, discos em 78 rotações e vitrolas fazem parte do acervo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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