Um grande nome da MPB foi escalado para abrir a programação da Virada Cultural 2016. Assim como costuma ocorrer nos outros anos. Ney Matogrosso fará a abertura oficial do evento que se espalha pelo centro da cidade de São Paulo em uma madrugada por ano. Mas, em 2016, o início não será exatamente às 18h do sábado, como sempre. A Virada Cultural começa suas atividades oficialmente a partir da sexta-feira, dia 20 de maio.
A ideia, segundo informou a secretária municipal de Cultura de São Paulo Maria do Rosário Ramalho, na manhã desta sexta-feira, 13, é ampliar o alcance da Virada justamente para aqueles que trabalham na região central da cidade e que lá permanecem ao fim do expediente. Na área que vai desde a Praça da Sé até a Avenida Ipiranga, entre às 17h e 23h, nove pontos receberão atrações culturais. Um dos exemplos é o Palacete Tereza Toledo Lara, que em breve receberá a nova cede da Casa de Francisca, local importante para a música independente e autoral de São Paulo, e terá artistas como Ná Ozzetti, Arrigo Barnabé, Luiz Tatit e Monica Salmaso.
A partir das 18h de sábado, 21, tem início de fato a programação da Virada Cultural. Por questões de segurança, como afirmou o prefeito Fernando Haddad (PT), o evento deste ano terá um perímetro reduzido, se comparado à edição do ano anterior. Desta vez, locais como Rua 25 de Março, Luz, Santa Cecília e Minhocão estão fora do perímetro da Virada de 2016.
“Refizemos a logística em compasso com o conhecimento compartilhado com a Polícia Militar e a Guarda Civil”, explicou Haddad. “Fizemos um mapeamento das ocorrências e queremos garantir a segurança das pessoas. Também não queremos que as pessoas façam longos trajetos, sem que haja muita gente na rua. Não estamos pensando em economizar dinheiro de cachê, dinheiro do palco.”
A secretaria de serviço da prefeitura de São Paulo também prometeu trocar as lâmpadas no centro da cidade e em outros pontos onde a Virada ocorre. São gastos R$ 2 mil por luminária, ocasionando um investimento de R$ 1,8 milhão em toda a cidade.
Ainda em relação aos números, a prefeitura investiu R$ 6,5 milhões de infraestrutura e R$ 8,5 milhões de programação, com cachês dos artistas que se apresentarão durante a programação, em um total de R$ 15 milhões, que vem em quase na sua totalidade dos cofres da prefeitura – há apenas um patrocinador, ainda não divulgado.
O principal palco da Virada, montado em frente à Estação Julio Prestes, sofrerá com uma diminuição na sua programação. Ele terá três shows no sábado, com Ney, Alcione e Baby do Brasil, e volta a receber artistas a partir do domingo, às 12h, com apresentações da Osesp, Criolo e Nação Zumbi.