“Mais de 200 mil pessoas circularam pelos shows da Virada Cultural no sábado (5) e no domingo (6). O número superou a expectativa inicial de 150 mil pessoas, registrado na Virada de 2010.” Foi muito bom ver tanta gente na rua, de todas as idades, consumindo cultura. A importância da Virada é essa. Proporcionar a toda  população o acesso à programação gratuita e de qualidade”, disse a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli.

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Só a Banda Ultraje a Rigor, a última atração dos três palcos montados na Rua Riachuelo, nas Ruínas de São Francisco e na Praça da Espanha, reuniu 25 mil pessoas que se espalharam pela Praça Generoso Marques e pelas ruas laterais para assistir a um show que só terminou depois de um longo bis de sete músicas. O vocalista Roger elogiou o povo curitibano. “A cidade é exemplo de povo civilizado”, disse o cantor no meio da apresentação. Bem-humorado, ele anunciou que a banda tocaria músicas que foram pedidas pelos fãs no twitter, como “Eu me amo” e “Griselda”, que não estavam previstas para o show em Curitiba.

As irmãs Roseli e Rosana Reis, fãs da banda desde a adolescência, cantaram e dançaram o tempo todo. “A Virada é ótima. Nunca tinha tido a oportunidade de ir um show do Ultraje, apesar de ser muito fã. Nas outras vezes em que eles vieram a Curitiba, sempre acabava faltando dinheiro”, comentou Roseli, de 44 anos.

Na coletiva à imprensa, depois do show, Roger falou sobre a Virada Cultural. “É muito bom para as bandas, para o público e para a cidade. Já participamos em São Paulo e em cidades do interior e esta é a primeira vez em Curitiba. É sempre muito legal”, afirmou.

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Antes da banda Ultraje a Rigor entrar no palco Riachuelo, a Orquestra Sinfônica do Paraná e Hamilton de Holanda tocaram sob a regência do maestro português Osvaldo Ferreira. No palco Ruínas a dupla Sá e Guarabyra e o Vocal Brasileirão, fizeram apresentação ao meio-dia e levaram mais de 3 mil pessoas para a rua.

Artistas locais e nacionais fizeram shows e peças de teatro, paralelamente a mostras de cinema, contação de histórias, exposições e muitas outras atrações, distribuídas em mais de 400 eventos. A segurança reforçada com o aumento do efetivo policial nas ruas, além da contratação de 70 seguranças terceirizados para atender os palcos, garantiu uma Virada Cultural tranquila, sem registro de ocorrências policiais.

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Este ano, a Virada comemorou o Dia Nacional da Cultural (5), com o tema “Viva a Cultura da Paz”. A programação cultural gratuita ou a preços acessíveis continua até dia 12 de novembro com a Corrente Cultural, que começou com a Virada.

“Curitiba tem programação de qualidade diariamente, em vários espaços. A Virada e a Corrente são apenas uma mostra disso e contribuem para manter acesa a vontade  de continuar consumindo cultura o ano inteiro”, afirmou a presidente da Fundação Roberta Storelli.